sexta-feira, 1 de junho de 2012

Libertando-se


Um dia desses estava lendo um texto que falava sobre desapego. Sabe aquela historia toda de budista, de não dar valor às coisas do mundo e se libertar? Pronto. Inicialmente eu achava que se tratava apenas de coisas materias, tipo roupas, dinheiro, essas coisas, mas acabei descobrindo que essa teoria vai bem mais além: você deve se desapegar de todos os seus desejos, pois, segundo eles, são estes que causam sofrimento, e se voce se desapegar voce simplismente nao iria sofrer! Ou seja, aceitar as mudanças, tal... parece bem agradável, apesar de isso incluir voce nao poder tambem ficar dando mil pulinhos e toda serelepe porque entrou em medicina em primeiro lugar, por exemplo, já que voce nao pode se apegar tanto as suas vontades. Mas, enfim, parecia uma boa!

Tentei, por umas duas semanas, praticar o desapego na minha vida. Tudo bem que eu já me considerava bem desapegada antes de ler essa matéria, mas depois de ler aquilo percebi que sou mesmo muito ligada aos meus desejos. Tentei fingir que nao ficava contrariada quando algo que eu esperava nao acontecia, ou quando eu esperava uma ligação que nao vinha, mas não adiantou. Alias, achei bem chato essa coisa de não ligar pra nada e estar imutável independente do que acontecer. Talvez eu até goste da tristeza. Ela torna a alegria bem mais especial, dá vontade de correr atras do que se quer... E eu gosto de ficar ansiosa, esperando pra ver se vou alcançar meu objetivos.

Confesso, um pouco envergonhada, que sou mesmo apegada a tudo que me cerca. Pessoas, sonhos, situações... e mesmo que isso me renda algumas lágrimas de vez em quando, estou feliz assim. Claro, tento nao me prender tanto pra nao quebrar a cara - igual a outras dez mil e quinhentas vezes -, mas procuro encontrar o equilíbrio. Acho que sou ocidental demais pra o budismo, ou vai ver eu gosto mesmo dos altos e baixos.

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