domingo, 29 de dezembro de 2013

Desentoxicando a alma

01. Romper com o passado

- com os pensamentos
- com as pessoas que nos fazem mal
- com os comportamentos ruins

02. Renove sua mente

- renovar a fé
- renovar as motivações
- renovar a sua fixação

03. Ser avivado!!!
As pessoas surpreendem a gente... infelizmente dessa vez você me surpreendeu pra o mal. Estou tão assustada com isso tudo, tão surpresa e ainda tão magoada. A verdade as vezes dói muito, especialmente quando insiste em se mostrar só pra mim. Eu não merecia e não entendo ainda porque você fez isso comigo, mas eu não vou mais tentar entender. Eu só quero seguir. Queria nunca mais, nunca mais ter que te ver. Porque perdoar pode até ser fácil. Mas ter que encarar e lembrar disso todo dia, vai machucar por muito tempo. Espero que essas lágrimas não voltem mais, por que de chorar eu já estou cheia. Eu preciso ser quem eu sou.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Férias... e é hora de crescer

2013, 2013... quem diria que você faria tudo isso comigo? De mesmice, é verdade, eu não posso reclamar. Tudo, tudo mudou. E muitas coisas foram pra melhor. Eu me perdi e me cansei um pouco no caminho, mas agora é hora de parar um pouco e pensar. Mas eu não vou usar esse tempo pra pensar na dorzinha que ainda está me incomodando aqui dentro, nem pra recuar. Eu preciso crescer. Espiritualmente. Por isso eu resolvi usar esse tempo ao meu favor. Pra me cuidar, pra sair, pra me cuidar, pra estar com quem eu amo. E pra ler a bíblia. Recomeçar, como se fosse a primeira vez, e tentar não parar. Eu preciso me encher, por que sinto um vazio dentro de mim estando longe de uma pessoa que eu amo, estando sozinha em casa o dia todo, estando sem obrigações pra encher meu dia. Logo, eu vou dar esse tempo pra Deus. E quem vai me dar o maior presente, certamente, é Ele.

Vou colocar aqui meu plano pra começar a ler alguns livros da Bíblia, assim eu não me perco e não esqueço. E, quem sabe, se alguém um dia ler isso aqui, possa "roubar" esse roteirinho e começar a ler também! Eu pesquisei e ele é otimo pra quem nunca leu e quer começar, ou pra quem já leu textos soltos mas agora quer estudar um pouco mais a palavra.

01. Marcos
02. Mateus
03. João
04. Lucas
05. Efésios
06. Romanos
07. Tiago
08. Gênesis
09. Josué
10. Juízes
11. Samuel
12. Reis
13. Crônicas

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A verdade é uma só: há algo errado quando as palavras contradizem com as atitudes. É como construir com uma mão enquanto a outra destrói. É como construir uma casa sem alicerce. É se enganar. É caminhar, caminhar, cansar e se perder.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Não negocie as bençãos de Deus. Não troque o que você mais quer na vida, pelo que mais quer no momento.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Use

Use a inteligência a seu favor: desista. E siga em frente. Por favor, desista daquilo que você já sabe que não vale a pena. Não se acostume a ter seu coração machucado. O que você sente é lindo, sim. E por isso mesmo merece ser bem guardado, bem cuidado, bem tratado. Use a inteligência a seu favor. Busque aquilo que você já sabe que te faz bem. Não aquilo que você quer que faça. Amor, amor de verdade, te é dado de graça. E vem, em primeiro lugar, de cima. Queira, por favor, queira deixar pra lá o que já te foi mostrado que não é o certo. Sei que dói. Sei que você queria muito acertar ali. Mas não foi possível. Tente fazer apenas aquilo que cabe a ti. Corrigir pelos outros, mudar pelos outros, amar pelos outros, você não pode. E deixe que o mal se destrua por si só. Talvez a verdade nem queira aparecer agora. Mas ela existe, e ela está lá. Você a conhece. E o Senhor a conhece. Por isso descanse seu coração Nele, e vá sorrindo, pelo amor de Deus...

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ele

Não achei que eu fosse nunca sentir raiva de você, mas é isso que eu estou sentindo agora. Como é que você pode ser tão egoísta as vezes? Você não entende o que eu sinto e passo? Talvez você não tenha dimensão. Veja como eu reagi desde o início. Eu quase posso sentir meu coração sangrar. Você muda sua cabeça tão fácil que eu só posso ter uma certeza, você não sabe quem você é, muito menos quem eu sou. Não seja tão criança. Depois de tudo é facil demais falar tudo isso como se fosse alguma novidade. Você não deve ter notado, mas desde o início eu falei que estávamos errados, que íamos pagar. E há muito tempo eu estou tentando consertar as coisas. Não seja covarde agora a ponto de não reconhecer que você não me dava ouvidos. Você escolheu que continuasse assim e eu aceitei. Você disse que estava confuso e que não conseguiria e eu escolhi te dar tempo pra que você pudesse se sentir um pouco melhor, que tivesse o melhor no fim. Depois de tudo, desde a primeira vez em que estive nos teus braços ate hoje, em especial da nossa AMIZADE, eu NUNCA viraria as costas e deixaria sozinho pra resolver seus próprios conflitos. Quanta ingenuidade a minha achar que você iria reconhecer isso e ia ver que eu nunca virei as costas pra você, nunca fiz nada sem antes perguntar como você se sentiria a respeito. Mais inocência minha ainda achar que você faria o mesmo. Eu abri mão de tudo por você. E  eu me arrependo profundamente disso agora. Eu me humilhei, eu chorei, eu deixei de lado minha verdade e guardei todas as coisas que e falaram e as verdades que passaram na minha cara. Eu até mesmo deixei que você me dissesse o que e quando fazer. Grande idiota. O que afinal eu achei que ia ganhar com isso? Você???? Não, não. Você seria meu sem que eu precisasse fazer nada, se quisesse. Você fala agora como se sua crise de consciência fosse mais importante que tudo, como se ouvir a opiniao dos outros mudasse totalmente a sua. Você ao menos sabe no que você acredita? Se você quer jogar tudo fora, fique a vontade. Eu precisava desse tempo muito mais que você, acredite. Mas eu nunca, nunca ia deixar que algo ficasse entre nós além dos nossos próprios sentimentos, erros e acertos. Escrever aqui agora me faz lembrar tudo que eu escrevi sobre você e pra você. Dá uma vontadezinha de apagar tudo. Mas você faz parte do meu diário. Do escrito e do vivido. E eu não vou deixar nada sujar isso, mesmo que você cuspa tudo na lama. Cada um dá o que tem. Eu tentei fazer de ti uma pessoa melhor no meio dessa bagunça toda. Não consegui? Desculpa. Quem sou eu, afinal. Transformação sem Deus? Acho difícil. Logo, eu não vou me culpar por isso. Só não consigo evitar chorar quando você fala que se sente a pior pessoa do mundo. Mas quem se importa com minhas lágrimas se não o meu Jesus... Na minha cabecinha, no fim, ia valer a pena, ia dar certo. Mas você acabou de mandar todas as minhas expectativas ilusões pra dentro do buraco. Em pensar que tudo que queria era me sentir segura. Que segurança eu tenho agora? A de nem saber o que diabos você está pensando ou pretende fazer! No meu coração, o meu amor era tão grande que tudo que vinha de você perdia todos os defeitos. Talvez essa tenha sido a pior coisa, por que me decepcionei demais. Não por achar que você não erraria, por que você ser imperfeito nunca foi problema algum pra mim. Mas por achar que você ia colocar o que a gente sente e vive em um lugar que nada pudesse tocar, mesmo que fosse no passado. Acho que isso tudo tá começando a minar e afetar meus sentimentos, mas isso pode ser bom. Amor demais também atrapalha. Lição do dia.

Thalles Roberto - Não Pare, Não

domingo, 20 de outubro de 2013

Raridade | Anderson Freire

Tento pensar em outras coisas... mas pra onde eu olho eu vejo tudo turvo, pelas minhas lágrimas. Nem sei direito por que eu tô tão triste agora, sem vontade de fazer nada, só de fechar os olhinhos e chorar, chorar até cair no sono. E quando acordar, tudo estar diferente...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

E eu só pensava em como era estranho estar assim tão perto - emocional mais do que fisicamente, embora a vertente física fosse estranha também - de outro ser humano. Parecia até que eu me confundia a ele. E apesar de tudo ali só existia verdade. Nós. Conversando por horas e horas, que passavam tão rápido que nos fazia rir cada vez que olhávamos o relógio. O tempo bem que podia parar só um pouquinho... Ainda que esse pouquinho pouco adiantasse, pois nenhum intervalo pode ser suficiente pra mim, além do para sempre.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Some words about you


Se existe outro alguém com o coração mais bonito que o seu, eu desconheço. É você, só você que tem meu pensamento e meu tempo. Obrigada por dar ao meu sorriso um nome. E obrigada por cada sorriso teu ao me ver chegar. Ninguém sabe me fazer feliz como você sabe, e ai eu fico me perguntando: como você leu meu manual tão rápido? Se existe alguém especial como você no mundo, é aqui que eu quero morar. Acredite: você me dá tudo só por me ter carinho. Por me ter amor. E por me ter, amor.

domingo, 8 de setembro de 2013

Olhos buscam vida

Corria pelos corredores. De um leito para o outro, do consultório para a emergência. Via de tudo. Quem um dia achava que a natureza era toda perfeita descobriu que o ser humano pode ser muito asqueroso. O lado feio, a face de desespero, o suor, o odor forte e o tremor de quem sofre eram, por vezes, ignorados, para não se tornarem insuportáveis. Concentrava-se no alívio, na fragilidade, na gratidão, na cura. Tinha pressa, pois sabia que o tempo podia ser um grande inimigo. Amava-se por saber que era fundamental ali. Mas o fundamental se confundia em meio às suas prioridades invertidas. Trabalho. Amor. Tempo. Café. Deus. Ar. Saúde. Não necessariamente nessa ordem. Tinha olhos profundos que buscavam, desesperados, por vida. Por força, por luz e alma. Tinha fascínio por gente, e amava a vida sobremaneira por conhecer tão de perto a morte. Assistia a vida se esvaindo friamente, embora outrora tivesse derramado muitas lágrimas. A morte perdeu o controle sobre ela. Era só o final da história. O importante, pra ela, era fazer com que os capítulos anteriores fossem perfeitamente suportáveis e, quem sabe, até agradáveis.

sábado, 7 de setembro de 2013

Mil vezes

Eu queria tanto que fosse diferente... queria coisas simples, só poder andar de mãos dadas com você, pode sair pra qualquer lugar, mesmo que pra não fazer nada... Queria não ter que me preocupar com o que os outros estão achando, com quantas vezes eu posso falar que amo você no mesmo dia. Você virou, sem dúvida, a base daquela faculdade pra mim. Sem você, eu não consigo me imaginar lá, eu não consigo me ver andando sozinha. Eu só queria que não fosse tão complicado, que não tivesse que me preocupar com mais ninguém. Se eu fosse um pouco mais egoísta, poderia até ser mais fácil. Mas eu sei que o mundo não foi feito só p vc e eu. Há grande medo em mim de machucar muito uma pessoa, mesmo sem querer. Há tantas coisas mais, tantas pessoas, e tempo, e sonhos, e vidas. E a minha vida não quer mais largar da tua. O que eu faço? Queria que você me dissesse. E eu faria. Mil vezes.

sábado, 31 de agosto de 2013

Conselhos de Escápulo


"Queres ser médico, meu filho? Essa aspiração é digna de uma alma generosa, de um espírito ávido pela ciência. Desejas que os homens te considerem um deus que alivia seus males e lhes afugenta o medo. Mas, pensaste no que se transformará a tua vida? Terás que renunciar à vida privada: enquanto a maioria dos cidadãos pode, terminando o trabalho, distanciar-se dos importunos, a tua porta estará sempre aberta a todos. A qualquer hora do dia e da noite virão perturbar o teu descanso, o teu lazer, a tua meditação; já não terás hora para dedicar à família, aos amigos, ao estudo... Já não te pertencerás. Não poderás ir ao teatro, nem ficar doente: terás que estar sempre pronto a acudir, quando chamado. Não poderás demonstrar cansaço ou impaciência: terás que escutar relatos que procedem do começo dos tempos, quando apenas se quer explicar a história de uma prisão de ventre. Embora a medicina seja uma ciência incerta, que graças aos esforços de seus discípulos vai adquirindo pouco a pouco, um certo grau de certeza, não te será permitido duvidar, sob pena de perderes a confiança que em ti depositam. Não contes com o agradecimento de teus enfermos. Quando se curam, terá sido por sua própria robustez; se morrem, fostes tu o culpado. Enquanto estão em perigo, tratam-te como um deus: suplicam-te, exaltam-te, enchem-te de elogios. Apenas começam a convalescer, já os estorvas. Quando se lhes falam dos honorários, aborrecem-te e denigrem-te. Quanto mais egoístas são os homens, mais solicitude exigem. Não penses que esta profissão tão dura te tornará um homem rico. Asseguro-te: é um sacerdócio, e não seria decente que tivesses um ganho de um comerciante de azeite ou de um político. Compadeço-me de ti se te atrai o belo: verás o mais feio e repugnante que existe na espécie humana. Todos os teus sentidos serão maltratados. Terás que encostar o ouvido em peitos suados e sujos, respirar o odor das pobres favelas, os fortes perfumes das prostitutas; terás que palpar tumores, tratar de chagas verdes de pus, examinar urina, remexer em escarros, fixar o olhar e o olfato em imundícies, colocar o dedo em muitos lugares. O mundo parecer-te-á um grande hospital, uma assembleia de seres que se queixam. A tua vida transcorrerá à sombra da morte, entre a dor dos corpos e das almas, assistindo algumas vezes o luto de quem está destroçado por haver perdido o pai e outras vezes, a hipocrisia daquele que, à cabeceira do agonizante, faz cálculos sobre a sua herança. Pensa bem enquanto há tempo. Mas se, indiferente à fortuna, aos prazeres, à ingratidão e, sabendo que te verás, muitas vezes, só entre feras humanas, ainda tens a alma estoica o bastante para encontrar satisfação no dever cumprido; se te julgas suficientemente recompensado com a felicidade de uma mãe que acaba de dar a luz, com um rosto que sorri porque a dor passou, com a paz de um moribundo que acompanhaste até o final; se anseias conhecer o Homem e penetrar na grandeza de seu destino, então, torna-te médico, meu filho."

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

E as vezes eu me pego pensando como é possível amar de um jeito tão forte tão rápido assim. Como é possível querer que o tempo se arraste e, ao mesmo tempo, querer que o resto da vida chegue logo, desde que seja ao lado de uma pessoa? Será que a gente já estava escrito?

domingo, 25 de agosto de 2013

Lágrimas velhas, sorrisos novos

Quando as lágrimas vão embora, nem sempre deixam um sorriso em seu lugar. Mas sempre levam embora um peso. É como uma bagagem pesada que a gente descarrega aos pouquinhos. E quando acaba, que alívio que dá! Pode até ser que a gente abra e jogue tudo fora de uma vez só, por que não aguenta mais. Mas o fato é que nos liberta. E chega uma hora que não tem mais o que colocar pra fora. Acabou. É tão simples que dá até um medinho. Mas acabou. Não tenho mais nenhuma lágrima pra chorar agora. Pelos mesmos motivos, pelas mesmas pessoas? Não dá. Não tem mais. Acabou o estoque. Sofrer pode ser até bom por um tempo, mas a vida toda? Qual o sentido disso? Eu vivi até agora sem nem conhecer isso tudo, e posso continuar vivendo como sempre vivi. Minha vida vai tão além... há tantos planos, muitos ainda inimagináveis. E há tanta coisa boa pra acontecer... Tantos outros motivos pra chorar... Tantas lágrimas e sorrisos pra gastar... Vou guarda-los pra mim. Vou renovar meu estoque. Você acabou de esgota-lo. Mas, acredite, você fez até um favor grande pra mim... Tava na hora de fazer uma limpeza, começar do zero, colocar pra fora. Já foi. Brinquei disso, jogamos juntos, mas agora eu que vou dar a partida. E sem mais lágrimas pelos repetidos erros. Sem motivos velhos pra derrama-las. Vou encontrar um novo. Vou ali e volto já...

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Não dá mais

As lágrimas vem e vem tao fortes e eu só me pergunto, meu Deus, como eu vou olhar nos olhos dele e dizer que eu não quero mais ele por perto, se eu o amo? Amo demais. Amo tanto, tanto você. Como eu vou ficar sem te dizer isso? Como eu vou ficar sem você, se é no seu nome que alguém lembra quando pensa em mim, se é com você que eu faço tudo, se é por você? Eu sinceramente não sei. E dói, dói tanto. Mas já tá doendo muito do jeito que tá, e pelo menos assim vai doer fazendo uma coisa certa. Eu não tenha ideias de como eu vou te falar que eu não quero mais, que eu preciso ficar longe, por que perto eu não aguento. Longe, e o pior: bem ao lado. Como ficar sem te abraçar, sem te beijar, te contar tudo do meu dia? Não sei como isso chegou até aqui. Como eu deixei, como eu fiquei entre você e ela? Não é a ela que você promete um pra sempre? É estranho. Mas eu te amo. Amo de verdade. Eu sei por que se não fosse tão forte eu não ficaria sem palavras. Eu sei por que minhas lágrimas não mentem. Eu sei por que eu duvido que vá conseguir mentir pra você e dizer que já não amo mais. Eu sei que é dificil, dificil demais passar algumas horas sem falar uma palavra contigo. Que dirá todo dia, o dia todo? Me ajuda, meu Deus, e me dá força? Porque eu sabia que, se meu coração quebrasse, ia doer. E foi pior: tá quebrando aos poucos. Como um torturante, você leva um pedaço a mais a cada dia. Você me tem. E faz disso o que quer. Eu não te tenho. E saber disso me faz chorar. Mas ficar me iludindo, pegando migalhas suas pra fazer de conta que você é meu vai tocar na ferida ainda mais. Eu não tô aguentando. Eu queria, juro como queria, poder aguentar, pra poder ficar contigo sempre, pra sempre. Mas não dá. Me perdoa. Eu fui fraca. Continuo sendo. Mas essa força vai ter que surgir de algum lugar. Por que botar o dedo na ferida não dá mais.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Caminhos


Eu caminhei tanto, tanto pra chegar até aqui... É a pior sensação não saber mais por que fiz tudo isso, por que estou nesse caminho. Sabe, a cada dia, pareço ter um motivo a menos. O que me leva a levantar todo dia de manhã cedo? Primeiro era a vontade de passar no vestibular. Depois, a empolgação do curso, a novidade. Depois a poeira abaixou e virou a rotina. Depois era o desejo de ir atrás de ser quem eu queria. Depois era por você, pra te ver. E agora? Por que eu vou acordar e fazer todo dia a mesma coisa? Eu nem sei mais se eu quero esse futuro. Eu não gosto das matérias. O pessoal não parece mais tão legal assim. A empolgação e a euforia já passaram. Você continua lá, mas... você levantaria por mim todo dia? Duvido muito. Eu tô cansada, tô tão cansada. Queria não ter tanto medo de ir pra longe, queria ter mais coragem, mais sonhos, mais loucura. E tudo isso independente de você, do que vão achar, do que os outros acham que eu devo fazer. Tá difícil, sim. Apesar de eu manter esse sorriso, as lágrimas correm. E o motivo eu nem sei direito. É tudo, e não é nada.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Destino

"Segue o teu destino, rega as tuas plantas, ama as tuas rosas. O resto é sombra de árvores alheias..."

Um dia desses tava pensando no futuro e, sei lá, vi tantas de mim! Percebi que consigo ver beleza em vários caminhos, em vários sonhos, e nas tantas histórias que eu venho construindo pra minha vida desde criança. Acho que todo mundo vai montando e desmontando sonhos ao longo da vida. Mas eu percebo que alguns bem velhos não foram realmente derrubados. Vai ver que o alicerce é forte demais. Eu nem sei se estou no caminho certo, mas os caminhos errados hão de me encaminhar pra o certo dia desses. Eu quero continuar acreditando em mim, eu quero ver mais que regra, mais que sanidade, mais que certeza. Eu quero sim altos e baixos. E eu quero que o meu caminho cruze com o dele. Eu quero que Deus esteja me guiando sempre. Eu quero que os caminhos onde eu passe se encham de amor... de perfume, da minha imperfeição, de bagunça organizada, de fé. Eu quero que os caminhos trilhem pra perto e mais perto e sempre perto de você. Eu quero que a gente construa nossa vida, sabe? Eu quero carregar sempre tanta gente quanto couber no meu coração. Eu não sei, sinceramente, como eu farei isso. Eu não sei o que vou ser, como nem quando. Mas eu sei porquê. Eu sei por que eu sonho e por que eu vivo. Vejo encanto em todo canto que tenha amor e não muita coisa mais. Só liberdade e coragem, por favor? E muito sorriso, muito céu, muito mar pra olhar. Muito lugar pra ir e tanta coisa pra fazer. Eu hoje tenho certeza que eu não preciso de muito. Grande e nobre é sempre viver simplesmente. Destino, seja você qual for, me leva pra onde eu devo ir. E se for preciso, eu rodo o mundo todo até chegar lá.

sábado, 3 de agosto de 2013

Olhares: milhões, e os seus.


Nunca vi olhos que pudessem me falar tanto quanto os seus. E que fizessem os meus brilharem tão claramente, que fossem os únicos que pudessem me fazer sentir melhor nos dias mais escuros. Se esses mesmos olhos olharem nos meus, vão me fazer ter coragem de a qualquer lugar, e se eles se encherem de lágrimas, será como se a estrela mais brilhante do céu tivesse apagado. O que há, então, de tão importante nos seus olhos, iguais a milhões de outros olhares, de milhões de outras pessoas, dentre as quais você se esconde? Por que há significado em tudo que vem de ti, e por que você entende o que eu sinto sem que eu precise dizer nada? Por que ainda existe tanta gente solitária por aí se um sentimento como esse pode surgir? E por que razão as pessoas têm tanto medo de chorar, se as minhas lágrimas não tem valor maior do que um só sorriso que você coloca no meu rosto todo dia? Eu sei que ninguém vai entender tudo que acontece e tudo que você desperta em mim. Ninguém vai entender como eu te faço melhor, nem por que eu te aceito assim, mas ficar sem você é bem pior pra mim. Fica comigo, ainda que a gente esteja em lados opostos da Terra? E lembra de mim sempre que se sentir sozinho, triste ou até inútil, pra ter certeza de que ninguém nesse mundo pode substituir-te por um segundo sequer, e que os teus olhos são os mais lindos que se escondem nessa multidão que nos rodeia?

terça-feira, 30 de julho de 2013

Nem máscaras, nem algemas. Eu.

Sabe oque eu decidi? A partir de hoje, eu não vou mais permitir que nada fale mais alto que minha fé e meu caráter. Eu não vou dar motivos pra você achar que eu sou alguém que eu não sou. Eu sou feliz sendo a pessoa do jeitinho que Deus fez. Máscaras eu já joguei fora faz muito tempo. Eu sou tão sincera que cada ato, cheio de verdade, revela demais... Minhas vontades, meu jeito e meus erros. Eu sou tão imperfeita! E talvez por isso seja insegura. Mas eu não vou mais permitir que ninguém arranque meu encanto. Não vou perder-me numa rua por aí, nem esquecer meu sorriso no guarda roupa. Deus, se mostra em mim mais e mais! Segura na minha mão? Vamos juntos a lugar qualquer, onde eu possa ser melhor?

domingo, 28 de julho de 2013

You've got a smile that could light up this whole town

Ainda meio adormecida, lembrei do teu sorriso. Eu quase podia te ver ali, no entranhado dos travesseiros, ao meu lado. Quase. Era como um sonho bom, vigília confusa. Mas eram só pensamentos. Fortes o suficiente pra me fazer sentir fora da realidade, mais ou menos como todas as vezes que você está perto. Por um segundo, cheguei a achar que você também estaria lembrando de mim enquanto abria os olhos de manhã cedo, antes da rotina, da mesmice e das tantas obrigações ocuparem meu lugar na tua mente. Mas só por um segundo, antes que a minha também fosse tomada por essas coisinhas que incomodam nosso dia a dia. Depois achei que você provavelmente teria algo mais importante pra pensar, embora seu sorriso parecesse, para mim, tão importante quanto a luz do dia recém chegado.

sábado, 27 de julho de 2013

Getting better


Se você puder ser um pouquinho melhor a cada dia, ainda que seja nos detalhes, ainda que ninguém vá notar, por favor: seja. Se você puder fazer alguém dar um sorriso, ainda que seja sem motivo, faça. Seja quem você quer ser. Você provavelmente não terá outra chance... A hora é agora. E, acredita em mim, não existe hora errada pra fazer a coisa certa.

sábado, 20 de julho de 2013

Preferidinhas - Outra vida

"Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
Então a gente vai fugir pro mar
Eu vou pedir pra namorar
Você vai me dizer que vai pensar
Mas no fim, vai deixar

Talvez não seja nessa vida ainda
Mas você ainda vai ser a minha vida
E sem ter mais mentiras pra me ver
Sem amor antigo pra esquecer
Sem os teus amigos pra esconder
Pode crer, tudo vai dar certo.

Sou pescador, sonhador
Vou dizer pra Deus nosso Senhor
Que tu és o amor da minha vida
Pois não dá pra viver nessa vida
Morrendo de amor..."

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Para alguém que está no céu

Bateu uma saudade tão grande hoje... Queria tanto tanto te dar um abraço, queria que você enxugasse minhas lágrimas. Sinto tanto a tua falta, vô. Sinto tanta falta de chegar na tua casa e ganhar teu abraço, que era o mais forte e o melhor do mundo! Sinto falta dos teus mimos, do teu cuidado, do teu beijo, do teu "eu te amo". Você foi o homem mais lindo, mais forte, mais sincero que eu conheci. Você falava de mim com um brilho nos olhos, o mesmo com que eu falo de você. Tenho saudade dos natais. Sabe, depois que você foi embora, o natal nunca mais foi o mesmo. Sinto falta de ir com você no shopping, no supermercado, no centro... em lugar qualquer. Sinto falta de quando morávamos a apenas alguns quarteirões de distância. Também sinto falta de morar muitos km longe, e de ir te visitar cheia de novidade pra contar. Sinto falta de sentar no teu colo pra ver tv. Sinto falta de brincar no balanço... Sinto falta, vovô, até de ir te visitar no hospital. Eu sempre te via sorrindo, e eu sabia, no meu coraçãozinho de criança, que você sairia dali em breve. E sempre saia. Sinto falta das suas teimosias, da sua independência, do seu jeito. Sinto falta de chorar nos teus braços... Eu te amo tanto, tanto que chega dói. Eu queria que você estivesse do meu lado pra falar as coisas que só você sabia falar. Eu tô tão confusa, vovô... minha vida tá tão diferente, tá estranha. Mas muita coisa boa tem acontecido também, sabe? Eu gosto de acreditar que, onde você estiver, você está orgulhoso de mim. Que você vê e sorri com minhas vitórias. Queria compartilhar todas elas com você. Queria te ouvir me chamar de pequena, de linda, de meu amor só mais uma vez. Queria poder ter te dito o quanto eu te amava e te admirava umas dez vezes mais, pra ter certeza que você não iria esquecer nem por um segundo. Eu te amo, e tô com saudade, sempre. E perdoe as minhas lágrimas... sei que você odiava me ver chorar. Mas eu não consigo, vovô. Não tem mais você aqui, e dói. Mas, no meu coração, você vai estar sempre sempre. E eu espero que eu também esteja no seu pra toda a eternidade.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Senhor é meu advogado, é Ele que me defende

Eu tive muito medo de machucar você. E machuquei. Tive muito medo de magoar os outros. E magoei. Tive medo que me julgassem, e julgaram... Julgaram mal. E eu chorei... E agora vejo essas mesmas pessoas apontando o dedo pra outras. Penso então, será que são assim tão críticas consigo mesmas? Acho difícil confiar em quem julga, quem busca defeito, quem busca raiva... aprendi bem pequena algo muito importante. Enquanto, entre lágrimas, falava para minha professora da escolinha coisas más que uma coleguinha havia dito, ela me olhou ternamente e disse: Jade, quando José fala de Pedro, descubro muito mais sobre José do que sobre Pedro. E me abraçou. Eu nunca esqueci disso, e quanto mais eu crescia, mais via que isso era verdade. Eu acho que estou vivendo um paradoxo. Estou intolerante com a intolerância. Porque não reconhecer a beleza de cada um e viver nossa própria verdade, deixando que os outros façam o mesmo? Porque encher a boca para espalhar defeitos alheios? Acaso isso tornará os nossos mais escassos? O silêncio é tão belo, meu bem. O amor é tão grande. A verdade, tão complexa. Deus, tão fiel. Ele nos fez assim, diferentes. Confia, então, na perfeição Dele.

Me verso, te encontro

Se eu pudesse
Eu tocava
Teu coração e o meu...
Resolvia de vez
Sim e não, sem talvez
Virava no avesso
Contava até três
Buscava um sorriso
O paraíso
Ou quem sabe, um beijo teu.
Se eu pudesse
Te faria feliz
Seria quem você quisesse.
Seria melhor
Verso, progresso
Escreveria de amor
Sem chorar tanto.
Me perco
Me ergo
Me verso
Te encontro.
Me acha, então
Me diz que existe
Lugar pra mim
Nos sonhos teus

domingo, 14 de julho de 2013

Mais um

Você não sabe, mas hoje acordei com muita vontade de escrever sobre você, só de você, sobre nós, sobre essa mania da gente. E, sinceramente... não saiu nada. Nadinha. Nem uma linha. Estou a quinze minutos olhando pra tela do computador, branquinha, tentando organizar meus pensamentos e botar pra fora, mas não consigo. Estranho, já que alguns dias atrás eu não conseguia escrever sobre mais nada, só sobre ti. Será que eu te esqueci? Acho meio impossível que isso ocorra assim, do dia pra noite. Então será que eu coloquei tudo em uma dimensão maior do que a real? Será que é amor, mesmo? Depois de me perguntar isso se torna mais difícil ainda ter respostas. Eu sinto assim... pelo menos, sentia. Você fala a mesma coisa, e não parece mentira. Só que não é o bastante. Intrigante, já que, na minha cabeça, isso devia bastar. O amor, lembra? Aquilo que é maior e melhor que tudo? Mas não basta. Será que eu cansei de brincar disso? Ou fui obrigada a parar pela minha consciência? Não tem lugar pra mim no jogo. Não tem lugar pra mim na sua vida. Tá ocupado demais. Fechado pra balanço... e eu me fechei também. Tento escrever mais algumas linhas sobre você e só me vem eu, eu, eu. Egoísmo? Talvez... Ou talvez amor demais. Eu me amo também, sabe? Muito mais que medo de perder você, de perder isso, de perder a gente, eu tenho medo de ME perder. Por que eu sempre fui minha. E você... nunca foi. Nem parece estar disposto a ser. E eu quis ser sua, não quero ser de mais ninguém, nem por um segundinho sequer. Então porque isso agora? A vontade se foi ou ela nunca existiu? E por que mesmo assim espero tanto que você venha falar comigo? Que cante a nossa música, que fale o meu nome no meu ouvido, só pra mim. É complicado, ou simples, e eu que complico pra deixar do jeito que tá. Mas tá doendo, tá me incomodando tanto... tá me cansando. Já não me inspira tanto. Antes era tudo novo pra mim. Você era o primeiro, você era diferente de todos os outros com quem já me envolvi, você era o único. Você mexeu comigo de um jeito que me deu medo. Mas eu preciso seguir o caminho que é melhor pra mim, eu preciso ser mais eu, eu preciso parar de te deixar brincar, de te deixar tão livre... Eu preciso parar de deixar meu coração ficar apertadinho toda vez que te vejo abraçando outra pessoa mais forte do que me abraça. Eu preciso e eu vou. Te quero tanto, tenho um medo danado de te ver chorando, e quando você sorri o céu fica mais claro. Mas quando eu choro, dói mais. E minhas lágrimas ainda te comovem? Ou se tornaram corriqueiras? E meu sorriso importa tanto assim? Por que pra mim tem sido a melhor companhia. Tem botado mais tempero nessa nossa historinha, que tá ficando repetida, clichê, chata. Tá ficando previsível... e eu estou prevendo que eu é que tenho muito pra perder lá na frente. Pensando bem, é amor sim. Eu amo você. E se você acha que vai ser mais feliz sem mim, eu quero que você fique sem mim. Tua felicidade em primeiro lugar, certo? Ou melhor, em segundo. Em primeiro vem a minha. Então, por favor, seja feliz. Eu quero tanto isso! Mas se for sem mim, que seja sem mim mesmo. Não com um pedacinho meu. Por que um pedacinho só eu não consigo dar. Nem me cobre o que eu não posso te cobrar, por favor. Eu esperei tanto seu bom dia que, quando ele veio, perdeu a graça. Canta pra mim. Mas não canta de amor... que estou cansada de desencantar. Eu me amo, não vivo sem mim!!! Vivi sem ti até hoje. Queria que não fosse mais assim pro resto da vida... Mas nem sei se quero mais. Não sei, não sei. Me mostra? Me olha e me diz que é diferente, que não é assim tão ruim quanto eu tô achando. Por que eu não vou conseguir não acreditar se vier de você. Por que de mim, não vem mais nada. Não sai mais nada. Aliás, achei que não sairia. Mas como já dizia minha mãe, eu sou a rainha do drama. Eu escrevo colocando tudo num pedestal. Tudo pra mim é maior, é aumentado. E eu achei que agora eu não conseguiria fazer isso. Mas esse texto acabou sendo, como eu desejei ao acordar, mais um sobre você.



E com todas as sombras de cada um
Veio o amor e fez a luz para nós dois
Com todo o singular desse mundo vazio
Veio o plural e nos fez dois, juntos em um

sábado, 13 de julho de 2013

Tanto faz

Queria saber ligar menos, saber gostar pouco, saber não me importar... Mas se você acha que eu estou importando, é, eu estou. Não sou de passar meu coração de mão em mão. Nem tenho um botão pra desviar o pensamento. Queria saber dizer que não estou nem ai não apenas da boca pra fora. Queria que antes de dormir não tivesse tanto você na minha cabeça. Que tivesse mais eu. Que eu não me sentisse uma formiguinha no meio de tanta gente. Queria saber cuidar de mim melhor do que você sabe. Queria ter menos medo. Queria sair pelo mundo. Abraçar mais, chorar menos. Pôr você menos alto. Ajudar mais. Não fugir, ficar. Mas ficar em paz. Perto ou longe, tanto faz?

terça-feira, 9 de julho de 2013

Curvinhas


Cruzou a rua distraída, como quem sabe que nada iria lhe atingir. Não naquele dia. Andava sem olhar pra os lados. Pra trás, então, nem pensar. Chegou, por um momento, até a esquecer por onde estava. Simplesmente dava um passo depois do outro, com ar de quem tem pressa pra chegar a algum lugar, mas na verdade não buscava lugar algum. Queria só sentir a brisa e o sol na pele. Sorriu. Um sorriso que chegou em seu rosto sem esforço, despretensioso, mas nem por isso discreto. A alegria que não cabia mais dentro de si transbordou para a boca, formando nela uma curvinha particularmente linda, que não passou desapercebida por ninguém que passou ao menos dois segundos a observando. Quem era o dono de um sorriso tão sutilmente escandaloso? Qual era a razão? Que motivos haviam para que, em um dia comum, numa rua suja e com crianças dormindo na calçada, se destacasse um sorriso largo e doce? Isso, ninguém nunca vai saber. Mas, seja ele qual for, vai parecer bobo pra alguém. Vai parecer pouco, um detalhe pequeno demais diante de tantas tortuosidades. Mas a vida é torta, mesmo. É cheia de buracos, de curvas. E é justamente por isso que combina tanto com uma curvinha no rosto.

domingo, 7 de julho de 2013

Amor que eu nunca vi igual

"Tu és o mesmo pra sempre. Teu amor não muda. Se o choro dura uma noite, a alegria vem pela manhã. Se o mar se enfurecer eu não tenho o que temer, por que eu sei que me amas. Teu amor não falha..."

Tão bom acordar com a certeza que o Teu amor, meu Deus, não muda nunca, e é infinito e incondicional! Não quero nunca nunca me distanciar dele. Tão bom olhar pro céu, cinzento e chuvoso, e saber que o sol vem depois pra iluminar meu dia, e o de todos que aqui estão. Tão bom deixar o vento brincar nos meus cabelos e saber que foi Tu que permitistes que eu sentisse a brisa, que eu enxergasse o balançar das folhas, as ondas do mar... tão bom saber que as coisas lindas ficam mais lindas na Tua presença, e que Tu cuidas de mim, tem ciúmes de mim, me guarda e me dá todo dia a chance de ser um pouquinho melhor. Viver faz sentido, sim. E como faz.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Segura minha mão e não solta mais?


É a fé que você carrega nos olhos que move minhas montanhas, é o seu toque que me faz sentir acolhida, te ver sorrir é o que me faz tocar o céu. Por você é que eu me imagino fazendo o que nunca tive coragem de fazer, por covardia ou pura falta de interesse. É em você que eu quero confiar, pra você que eu quero contar como foi o meu dia, por que eu estou feliz e por que estou chorando. É sua voz que eu quero ouvir cantar pra mim. É o teu beijo que eu quero levar comigo por onde eu for, e é na tua mão que eu quero segurar pra seguir meu caminho, seja ele qual for.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Mentirinhas que a gente escuta

Sabe, sempre ouvi dizerem que a vida é difícil, é complicada, injusta. Também ouvi que o amor machuca, que o tempo passa rápido... As vezes acho que as pessoas repetem uma coisa mil vezes, sem nunca parar pra escutar a própria voz. Será, mesmo, que a vida é tão complicadinha? Ou é a gente que complica tudo? Eu vejo tanta gente triste que tinha tudo pra ser feliz, tanta gente solitária que está rodeada por uma multidão... Vai ver elas nunca se deram ao trabalho de olhar para o que há por trás dos paletos, abaixo dos óculos escuros. E também nunca se deixaram ser vistas. Se escondem atrás de um sorriso falso, de quem quer sair bem na foto. Não se deixam cativar.
Eu costumo dizer que amo, mas também tenho muito medo de gente. Uma amiga da minha mãe me falou, quando eu era bem pequena, que eu era uma daquelas pessoas que enxergam o que muita gente não vê, que entra na alma do outro, que vê nos olhos a beleza que se esconde. Eu achei isso tão lindo, que nunca esqueci. Talvez seja verdade. Eu adoro descobrir as pessoas mais a fundo, embora continue me assustando com algumas coisas que eu encontro. Gente vazia, eu nunca encontrei. Mas já achei quem finge que é vazio, porque oque tem dentro é pior do que o nada. E por isso repetem que o amor machuca. Mas quem machuca é a gente, que não sabe amar direito. O amor não machuca ninguém. E o tempo passa sempre igual, levando nossas dores pra bem longe, trazendo pessoas pra bem perto. Quem acha que ele passa rápido demais, é por que não sabe aproveitar os momentos que a vida dá.

sábado, 29 de junho de 2013

Se cuida.


Se preserva, Jade. Se cuida. Não se entrega demais. Se ama. Se perdoa. Se encontra, se entende. Tem cuidado com os outros, mas contigo também. Não deixa teu coração se quebrar. Pensa um pouquinho mais em si mesma. Se você não fizer isso, ninguém mais vai fazer por você.

domingo, 23 de junho de 2013

Preferidinhas - Colisão


"Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o mal até o fim
Uma hora ele fugirá de mim

Preciso ser preservador de bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando os meus impulsos
Ultrapassam o limite da emoção

Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é um templo santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu assento e caminhar com Deus

Hoje é tempo de fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada

Hoje é tempo de renunciar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez, agora sou eu
Vou morrer pro mundo e viver pra Deus."

Medo - de quê?


Pra que tanto medo assim, menina, de perder alguém que nunca foi seu? Se eu pudesse contar quantas coisas já perdi por medo de perder, sei que ainda seriam bem mais do que consigo me lembrar. Que medo é esse que eu tenho de afastar de mim quem eu quero perto? E quantas vezes já abri mão de mim por causa disso? Me perdi, me deixei perder, deixei me levarem por completo em troca de um pedacinho de outra pessoa. E agora eu sinto falta de mim. De me ter completa, de ser minha, e do Senhor. Por que tenho tanto medo de te contrariar? Por receio de que você pegue de volta a partezinha que me deu do teu coração, e não devolva o pedaço tão grande do meu, que eu te dei tão facilmente? Por que estou adiando colocar um limite, se sei que hora ou outra isso vai ter que acontecer? É que ter você longe parece pior do que ter você perto, mesmo que não tão perto quanto eu queria. Mas será que seria mesmo? Por que tanto medo de te perder de vista? Por que quero tanto que você não me solte mais, se o teu abraço me faz um bem e um mal danado? Pode parecer frase feita, mas tem hora que nem eu me entendo. E se eu não me entendo, como poderia te entender?

sábado, 22 de junho de 2013

O que quer o Brasil?


Dilma, nós não queremos apenas a diminuição das tarifas. Nem muito menos um pronunciamento oficial. De bla bla bla, já estamos cheios. Queremos ação. Saúde e educação nos padrões FIFA. Não queremos médicos estrangeiros para ampliar atendimentos do SUS. Queremos condições de trabalho para os profissionais de saúde, melhoria das universidades de medicina públicas e privadas, plano de carreira e estabilidade. Queremos saber onde vai parar o dinheiro público em um país que tem a maior carga tributária do mundo, mas ainda assim os serviços de saúde são precários, não por falta de médicos, mas por falta de investimento e infra estrutura. A educação de qualidade é privilégio para uma minoria que tem condição de desembolsar uma fortuna. O transporte público é caro e não atende à demanda da população, mas aos interesses dos proprietários das empresas de ônibus. Nosso dinheiro já serviu de maquiagem por tempo demais. Já foi desviado pelos corruptos por tempo demais. Queremos um basta, dizemos não à PEC-37 e à ditadura do congresso! Queremos que os 720 bilhões de reais que foram arrecadados em impostos APENAS NO ANO DE 2013 sejam utilizados em favor da maioria, e não de uma minoria. Queremos que você escute as vozes das ruas, sim, presidenta. Mas que escute com atenção, nos oferecendo nada mais nada menos do que o que nos é de direito.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meu pensamento hoje não está ocupado com as revoltas do povo brasileiro. Nem com ele. Nem comigo. Nem com anatomia. O que não sai da minha cabeça é olhar daquela criança que perdeu a mãe. Um misto de dor e de dúvida, um jeito de quem está confuso. Por que estão todos a minha volta, com pena de mim? Por que minha mãe foi pro céu, se ontem ela estava bem, estava do meu lado, penteando os cabelos da minha irmã? Eu não sabia o que falar diante das perguntas que ele fazia usando apenas um olhar. Palavras, hoje, foram poucas. Perdidas... A morte me calou. Calou todo mundo. A gente sabe que vai ter que lidar com ela, mas nunca se acostuma com a ideia. É por esse menino, hoje, que eu torço pra que o gigante acorde, pra que as pessoas lutem e o país mude. É por ele, que não tem perspectiva de futuro. Que não tinha pai e agora não tem mãe, apenas 5 irmãos que, assim como ele, não sabem mais quem os vai acolher. E eu não posso mudar isso. Não sozinha. Eu posso estar lá e pegar na mão dele, dizer pra ser forte. Mas ele já teve que nascer forte. Porque a infância que eu conheci ele não conhece. Porque cama pra dormir é o luxo maior do qual ele pode desfrutar. Porque ele está triste. E não tem quem tire da minha cabeça que criança foi feita pra ser feliz.

domingo, 16 de junho de 2013

Questionando

Mudar por que? Se eu sei quem eu sou e quem me defende? Sou só eu, lembra? Eu... Por que estou me deixando levar? Minhas prioridades, onde ficam? Se inverteram? Por que choro tanto? Por acaso me perdi no meio do caminho? E não era esse o caminho que eu tanto queria seguir? Em alguma esquina deixei cair o meu encanto? E a minha fé? Minha vontade de ser diferente? Quem me roubou de mim?

Eu, eu me roubei de mim mesma... Eu arranjei desculpas pra virar a vítima da trama que eu mesma construí. Eu decido. E eu decidi errado. Por que pareceu tão certo? Será que eu não sei mais o que é certo e errado? Por que tá incomodando tanto aqui dentro? Será que eu mudei? Ou é só a velha eu, errando, mas tentando acertar? Por mais puro que seja coisa qualquer que eu sinto, por mais que eu tente seguir as regrinhas, por mais que eu queira o bem, eu não consigo nada sozinha. Eu preciso de Deus. Eu preciso estar ciente de que Ele julga minhas intenções, até mesmo aquelas que nem eu conheço. Ele tem me alertado. Ele guiou meus passos até aqui. Pra que andar pra trás?

Eu gosto da pessoa que eu sou, e mais ainda da que eu posso ser. Eu posso melhorar a cada dia e deixar o melhor de mim aonde eu for, nas minhas relações, na vida de quem cruza o caminho com o meu. Por que não, então, parar de pensar e colocar em prática?

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Você

Sabe o que eu queria? Não ter tantos motivos para achar que a gente tem tudo a ver. Ficar do teu lado parece tão obvio, parece o certo, talvez o destino ou sei lá. Mas ao mesmo tempo parece tão errado... Eu não sinto mais culpa. Sinto que foi inevitável. Ao menos para mim. É engraçado olhar nos teus olhos e te ver olhando de volta para os meus, tão perto, mas tão longe. As vezes acho que é só besteira da minha cabeça, mas eu e você, pra mim, parece perfeitinho demais. Quem sabe se você soubesse o quanto eu me importo, pudesse me dar um motivo para gostar um pouco menos de ti. Ou, melhor ainda, para gostar ainda mais. Se você soubesse o quanto é importante, talvez me repetisse pra mim que eu também sou, como já falou de um jeitinho fofo, mas que parece da boca pra fora. Ou, sei lá, falasse que já existe outro alguém muito mais importante pra você. É estranho. Lembro de você falando que sente como se me conhecesse a muito tempo, e eu sinto exatamente a mesma coisa. Por mais que eu saiba que estou metendo os pés pelas mãos, pra mim parece fácil demais estar com você, embora existam tantos motivos impedindo que isso aconteça. Fico confusa, as vezes acho que nem ligo mais, mas basta acordar de manhã cedinho e te ouvir falando bom dia, que tenho a impressão de que poderia ouvir essa mesma voz todos os dias, sem nunca me cansar. Nunca, nunca, nunca pensei isso de ninguém. Muito menos de alguém com quem eu não poderia me envolver. Mas aí vem você. Com sua pouca idade e jeito engraçadinho. Você. Por quem eu achei que não sentiria sequer simpatia. Você, que nem olhava pra mim. Você que um dia resolveu grudar do meu lado como quem não quer nada. Você, que agora é quem alguém procura quando quer me encontrar. Você, por quem eu não poderia me apaixonar. Que me apresentou a namorada no mesmo momento em que a gente se conheceu. Que é bobo, tímido, infantil, fofo e que me abraça forte todo dia, de um jeito que me faz sentir segura. Que parece fácil demais de amar, que é cheio de defeitos e que briga comigo, mas com um sorriso já não me deixa mais ficar brava. Só você, enfim. Você.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vida, astuta vida


É engraçado ver como a vida parece conhecer, minunciosamente, cada uma das nossas carências e fraquezas, e faz questão de nos surpreender, colocando coisas iguais no nosso caminho, mas de maneiras totalmente diferente. As vezes acho que ela gosta mesmo é de tocar na ferida. Ir lá bem no fundinho da gente, naquele cantinho do coração que a gente não mostra pra ninguém e tirar de lá o ponto de partida pra uma história nova. E depois outra. E mais outra. É como uma música que segue com a mesma letra, mas em outro ritmo. O ser humano é feito de erros, sim. Mas vive tentando acertar. Corre de um lado por outro, procurando seguir as regrinhas, a politicagem, as formalidades e tudo mais que o é imposto, mantendo um sorrisinho no rosto. Afinal, todo mundo quer sair bem na foto. O problema é que a vida ri da nossa cara, sabendo que, hora ou outra, aquela pedrinha no caminho vai machucar nossa parte mais frágil. E aí não dá pra disfarçar. Dói, dói, dói. Mas quando passa, faz um bem danado. Ah, claro... a vida não iria dar um paço em falso. Ela sabe o que faz. A gente é que não sabe o que fazer com ela.

domingo, 2 de junho de 2013

Fresta

Olhou pela janela do quarto e viu uma pequena fresta, que trazia a luz do recente amanhecer. Fechou novamente os olhos, mas não conseguiu voltar a dormir. Era como se aquele pequeno facho de luz lhe obrigasse a levantar ir concertar o que estava errado. Uma ponta de esperança surgiu, quem diria. Vai ver ela é mesmo a última que morre. Sentiu-se humano por encaixar-se nesse clichê. Afinal, que mais é o mundo além de um imenso clichê? As pessoas estão se igualando, buscando as mesmas conquistas, tentando alcançar o que algum mentiroso muito convincente chamou de felicidade. Soube naquele momento que havia muita semelhança entre a vida e aquele facho de luz. Seu brilho é sutil, discreto e não se enconde em grandiosidades, mas na simplicidade do nascer do dia. Ficou muito claro que existia uma vida por trás dos dias, enfiada lá no fundo, onde poucos se dão ao trabalho de procurar. Era preciso ler não só os fatos, mas também suas entrelinhas. Talvez viesse a esquecer tudo aquilo no dia seguinte, mas, naquele momento, ele sabia. E foi o suficiente para trazer de volta o sentido que estava perdido.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Eu jurei que não deixaria mais as pessoas interferirem na minha felicidade, mas acho que todos temos nossos defeitos, e esse é o meu. Mudar isso não vai ser fácil como eu pensava.

sábado, 25 de maio de 2013

Sensibilidade

"Acho que a única razão de sermos tão apegados às memórias é que elas nunca mudam, ainda que as pessoas tenham mudado."

Ser sensível talvez seja minha maior qualidade e meu maior defeito. Por mais que me faça chorar, quebrar a cara e me magoar dentre as decepções que todo mundo sofre, é o meu jeitinho. É o que me faz conseguir enxergar as pessoas mais fundo, por mais que eu continue me surpreendendo com o que encontro dentro delas. As pessoas me assustam, mas são meu maior fascínio. Eu gosto de gente. De olho no olho, de carne osso, gente de verdade. Mas encontro muita gente de mentira no meio do caminho. Caio, mas continuo achando que tenho sorte de ser quem eu sou. Pessoas frias geralmente escondem um coração duro, e não é algo que eu me orgulharia de ter. Prefiro um coração mole, que se machuca, mas que apesar de tudo, ainda consegue amar. Enquanto outros, que nunca se quebraram, não conseguem.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013

Paz e segunda-feira

"É fácil demais viver em paz, a gente é que complica tudo..."

É engraçado como as vezes parece que uma música foi feita pra gente, que foi escolhida a dedo pra aquele momento de nossas vidas. Quando ouvi essa frase daí de cima, pensei em quanto tempo eu perdi me esquecendo disso. É facil demais viver em paz! Eu que eu complico tudo!! Eu vivo com Jesus e é Ele que me conforta, por isso tudo fica mais leve. E é assim que eu  estou me sentindo, como não me sentia há muito tempo: leve. Não vou deixar que complicações estraguem isso. Nem nada, nem ninguém. É impressionante como tudo pode ser bonito ou feio, dependendo da forma que a gente encara. Estou tão feliz por amanhã ser segunda feira! Eu vou acordar cedinho e terei um sol brilhando pra mim, um dia novo que Deus me dará de presente, uma faculdade pra ir, onde tanta gente queria estar. Pessoas esperando pra me dizer bom dia e sorrirem pra mim. Casa, comida, uma rotina pra seguir, que pode ser, sim, muito boa. Por que, então, passei tanto tempo dizendo que odiava segundas? Amo todos os dias, afinal são neles que eu vivo, me movo e existo. E é fácil demais viver em paz amando o passar do tempo.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Feelings grow up by themselves

"Talvez, só talvez, não seja apenas uma piada, sua boba. Talvez ele realmente se preocupe com você..."

Quando abriu os olhos, viu seu vulto na varanda do quarto. Inclinou-se e a observou enquanto ela secava os cabelos longos e negros suavemente com a toalha, deixando a luz do sol recém-nascido iluminar seu rosto. Ficou, então, lembrando da noite anterior. Apesar de saber que houvera achado o que procurava, insistia em ser relutante. Não gostava de se apegar demais. Porém, depois de tudo que tinha acontecido, ao menos a memória dele ela já havia conquistado. O coração estaria a alguns passos dali.

Ficou lembrando de como ela ficava entranhada nos travesseiros, quase adormecida, mas ainda sorrindo para ele. Ele ficava falando do que eles iriam fazer no dia seguinte no trabalho, enquanto ela insistia que eles precisavam trabalhar, sim, mas em cima dos seus sentimentos. Dizia que eles precisavam formar mais laços, que precisava haver mais entre os dois. Estavam lado a lado. Pra ele isso bastava, mas não para ela. Nunca foi de se contentar com migalhas, não senhor. Exigia mais, o que lhe deixava aborrecido, mas ao mesmo tempo inevitavelmente encantado.

Quando ela veio para dentro desejar um bom dia, pareceu a voz que ele poderia escutar todos os dias pela manhã. Talvez trabalhar os sentimentos não fosse assim tão difícil. Quem sabe seja até desnecessário - os sentimentos já estavam trabalhados por si mesmos. Eram naturais. Eles eram um do outro. E ele soube que precisava fazê-la perceber. Perceber que aquele era o jeito torto dele de falar que a ama. Que as piadinhas e os ciumes bobos são na verdade a forma de demonstrar que se importa. Os problemas dela são dele. E vice-versa. As coisas lindas ficam mais lindas a partir dessa descoberta. Só lhe restava fazê-la descobrir junto com ele.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Felicidade, eu te enxerguei

E vem a tal da felicidade, tão sutil, tomando conta da gente. Finalmente oque parecia não ter fim fica pra trás. É difícil se descobrir assim, feliz. Muitas vezes não enxergamos que o que levamos na vida pouco importa se o que houver dentro de nós continuar sendo bonito e puro. Mas, em outros momentos, o sorriso deixa tudo muito óbvio, transbordando para a face aquilo que já não cabe mais em um corpo só.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Brand new days


Eu planejava escrever ontem sobre o primeiro dia, mas não tive tempo. Embora eu não goste muito de textos tipo "desabafo", as vezes é isso que eu tenho que fazer. Desabafar... e esse é meu cantinho. Eu não estava muito animada, pra falar a verdade. Estava mais assustada, envergonhada, com medo. Mas, chegando lá, eu me senti em casa, sabe? Como se as portas estivessem abertas pra mim. O trote foi legal, as pessoas são muito fofas, tudo muito perfeitinho (até agora). Fico muito feliz em saber que nos próximos 6 anos essa será minha realidade. Embora saiba que vai ser corrido, difícil e estressante... É o meu sonho. É o que eu quero fazer. E agora é real. E eu me sinto aliviada por finalmente poder retribuir os meus pais por todo investimento que fizeram sobre mim. É lindo ver o brilho nos olhos deles, e é bom saber que estou ali por mérito (não apenas meu, mas também deles) e que meus pais não vão mais precisar pagar rios de dinheiro para isso. Enfim, só queria registrar esse momento aqui. Sei que daqui a uns anos vou olhar pra trás e rir da menininha ingênua que chegou na universidade cheia de expectativas, muitas desleais. Mas quebrar a cara também faz parte, e quero me permitir viver tudo isso. E agradecer a Deus por essa oportunidade: Obrigada, obrigada, obrigada, Senhor! Foi Tu que me trouxestes até aqui!

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Solitários: quem os enxerga na multidão?

"Digam o que disserem, o mal do século é a solidão" - disse Renato Russo em um ímpeto de saber e melancolia. Alguém se atreve a discordar? Podem citar a fome, as secas, a crise econômica, a violência, a pirataria... Nenhum mal da sociedade é maior que o desamor. Estamos cercados, sim. Há mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, os bancos estão lotados e as filas, intermináveis. O trânsito é caótico, a frota de automóveis cresce a cada ano. Dentro dos carros, porém, é cada um no seu mundo. Os vidros fechados formam uma barreira entre nós e os ricos, estressados, malabaristas do sinal e as crianças dormindo na calçada.

Sem querer parecer piegas ou dramática, mas não consigo me imaginar viver um dia sequer sem amor. Somos humanos, carne e osso! Precisamos de calor, de olho no olho. Talvez seja meu jeito torto de enxergar as coisas, mas acho que o amor está, sim, em todo lugar. Ele não morreu. O problema é que, muitas vezes, é direcionado erroneamente: para o dinheiro, para os bens, poder, status ou simplesmente apenas para si mesmo. O amor não é concreto. Pode ser dividido em milhões de pedacinhos, e continuará tendo o mesmo valor. O que nos custa, então, distribuí-lo por aí?

Ao ver o vai e vem nas ruas, o corre corre do cotidiano, as pessoas que se cruzam sem dar bom dia, sinto que tudo isso está muito, muito longe de acabar. Talvez esteja só começando. Mas um dia vai ter que ter fim. Afinal, todos somos dependentes uns dos outros. Financeira, funcional ou afetivamente. Que seríamos sem os padeiros, garis, médicos, engenheiros, empresários e gerentes de RH? Como nos tornaríamos quem somos sem nossos pais, avós, professores, vizinhos, coleguinhas de turma e seguranças do bairro?

Embora eu não seja uma grande fã de clichês, alguns deles são cheios de sabedoria. Como crescer sem escutar que "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho"? Em algum momento da vida, nós somos um daqueles solitários na multidão. E, sejamos justos, a tal solidão pode doer pra caramba e ser a raiz da infelicidade, mas pode fazer bem se for passageira. Precisamos nos encher de nós mesmos, nos conhecer, nos amar... e então estaremos prontos para amar a quem quer que seja. Seremos diferentes. Um rosto cheio de vida em meio à uma multidão homogênea, fria, quase estéril de solitários escondidos atrás do guarda chuva, esperando para serem, enfim, cativados...

... E assim começar uma corrente que pode mudar o mundo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Mente aberta?

Uma vez uma amiga me disse que eu tinha "mente fechada". Isso me incomodou mais do que eu imaginava. O que ela queria dizer, afinal? Só por que não vejo o mundo como ela vê significa que não me permito enxergar? Talvez eu simplesmente não concorde. Cada um tem a sua verdade, eu respondi. Ela não pareceu convencida. Então pensei que era ela que estava fechando a mente para o meu ponto de vista.

Sei lá, talvez eu realmente feche os olhos pra algo que no fundo sei, mas não quero saber. É mais fácil, as vezes, fingir que uma coisa não existe, pra ver se ela realmente some e para de nos incomodar. Mas acho que todo mundo faz um pouco isso. Até porque, como eu já ouvi dizerem, estar em paz é melhor do que estar certo. Então um pouco de ignorância pode ajudar a manter uma verdade inconveniente  longe de nós. Dizem que as pessoas mais burras são mais felizes, não é? Eu meio que concordo. Mas só meio.

Já disse o poeta que o olho vê somente o que a mente está preparada para compreender. Então se a ignorância pode nos polpar de ver muita coisa ruim, também turva nossa visão diante de muitas maravilhas. Libertar a mente amplia os horizontes de maneira irreversível - portanto é melhor estar preparado para tudo. Mas deve valer a pena, sim. Afinal, ignorância todo mundo já nasce e morre possuindo. O conhecimento é que precisa ser acrescentado. Ele nos enche. E uma mente cheia deve significar coração cheio. Ah, não sei. "Coração é terra que ninguém vê". Mas uma pessoa com conteúdo tem chances bem maiores de mostrar a melhor parte dele.

Tem uma vida nas entranhas do cotidiano, escondida por trás dos dias. É preciso saber ler as entrelinhas para enxergá-la. O problema é que só as "pessoas de mente aberta" conseguem enxergá-la. Elas estão por aí, espalhadas e, muitas vezes, discretas. Libertas a ponto de não precisar provar isso pra ninguém. Mas não se engane: não existe só uma maneira de abrir a mente. Existem inúmeras. E, como o pior cego é aquele que não quer ver, é melhor achar seu jeito de abrir a sua um pouco mais. Só não queira passar do limite - Acredite, todo mundo (até os gênios, santos e filósofos) tem parte dela trancada.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Bye, férias

"Caminhar com bom tempo, numa terra bonita, sem pressa, e ter por fim um objetivo agradável; eis, de todas as maneiras de viver, a que mais me agrada." 
(Jean J. Rousseau)


Última semana de férias. Que bom poder fazer valer a pena. Eu mereço mais do que ficar na cama o dia todo, pensando em problemas. Tem um dia lindo lá fora, com o sol brilhando depois de vários dias de chuva. Quero sentir o vento nos meus cabelos, dar um mergulho, andar tranquila. Curtir a minha companhia, um tempinho pra mim. Que mais posso querer? Filme, piscina, pipoca, sol. Família, amigos... vida. Mas vida de verdade, vida cheia. Alma cheia. Coração cheio. E, mesmo cheio, com espaço pra muito mais. 

Namorados e nuvens


- Olha aquela ali, parece um elefante. - Disse Mônica, deitada na grama e com olhos de menina, buscando desenhos nas nuvens.
- Elefante não! Acho parecida com uma caixinha de música.
- Caixinha de música?
- Sim. Daquelas que tinha na casa de avós, que a gente abre e toca uma musiquinha, com uma bailarina girando... -  Respondeu Marcos, enquanto deitava ao lado dela. Lembrou da sua infância e sentiu uma lágrima, astuta, molhar um dos seus olhos verdes. Não a deixou escorrer. Segurou-a, enquanto olhava para Mônica, que fazia certo esforço para lembrar daquela relíquia.
- Acho que nunca vi uma. Não tive avós, sabe? Morreram antes que eu nascesse.

Houve um silêncio de alguns segundos, enquanto Marcos dava um beijo na testa dela, como quem diz que sente muito, mas sem querer parecer melancólico. Mônica, então, perguntou, meio risonha:

- O que tem a ver um elefante com uma caixa?
- Eu não sei, meu amor. Vai ver nossa forma de enxergar as coisas é diferente demais.
- Hm. Gosto que seja assim. Me faz ver novos caminhos que antes pareciam distantes e confusos.
- Olha aquela outra - Marcos falou apressadamente, sem querer tornar aquela conversa séria ou profunda demais. - Parece um jaboti.
- Aquela ali? Não, parece um coração.
- Você é engraçada. Quem te vê assim, achando corações nas nuvens, pode até pensar que é uma mocinha romântica.

Ela riu. Sabia que Marcos era muito mais romântico que ela. Dava flores, cartões... Ela preferiria, no fundo, ganhar sapatos. Mas, claro, nunca disse isso a ele. No entanto, nunca o presenteava com algo meloso. Preferia dar um presente funcional. Marcos ficava um pouco decepcionado, mas não demonstrava. Ao contrário, sempre dizia ter adorado. O mesmo acontecia quando iam sair à noite: Marcos queria ir à um restaurante, Mônica preferia um clube ou uma festa. Os dois iam cedendo, cada um do seu modo. E também fingindo alguns sorrisos quando eram contrariados. Fazer o quê? Eram essas mentirinhas que salvavam a relação... Se fosse confessar que odiavam tudo que o outro adorava, já estariam separados há muito tempo. Talvez a verdade não seja tão boa assim como dizem. Vai ver foi feita apenas para ser adorada, colocada num pedestal, no mais alto pódio, não para ser sempre dita. Pensando nisso, Mônica soltou mais uma mentirinha:

- Eu sou, sim. Quando estou com você. - Falou, se achando meio ridícula e olhando nos olhos dele, que brilharam. A julgar por esse brilho, talvez ser ridícula não fosse tão mal assim...

Ao sentir o coração aquecido por aquelas palavras, Marcos achou que tinha sorte por estar com uma pessoa tão sensível, que tinha marra, mas no fundo era tão romântica quanto ele. Foi a vez dele de soltar uma mentirinha, para tornar o momento mais bonito:

- É, você tem razão. Aquela nuvem parece mesmo um coração.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

"When it's cold outside, I've got the month of may..."


Está chegando o tempo de começar um ciclo novo. É hora de fazer direito. De mudar pra melhor. Me sinto feliz, apesar de tudo que vem me acontecendo. Sinto que tudo vai, sim, começar a se ajeitar. Vou começar a realmente tomar rumo pra fazer o que eu quero da minha vida. Faculdade, carro... um pouco mais de independência. Agora só cabe a mim tornar os dias mais coloridos. Eles são o único lugar que tenho pra ser quem eu sou, pra fazer valer a pena, pra escrever meu próprio final (e princípio e meio) feliz.

"Para que servem os dias?
Dias são onde vivemos.
Eles vêm, nos acordam
Um depois do outro
Servem para a gente ser feliz:
Onde podemos viver senão neles?

Ah, resolver essa questão
Faz o padre e o médico
Em seus longos paletós
Perderem seu emprego."

(Philip Larkin, Days)

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Muito aquém das letras


Remexendo as gavetas durante a mudança, achou, lá no fundo, um pequeno bloco. Capa vermelha, folhas já amareladas, gastas. Estava repleto de poemas de sua autoria. Pôs-se a ler. Relembrou os tempos em que escrevia quase todos os dias, em lugar qualquer. Saia fácil, as palavras vinham naturalmente... até o dia em que começou a questionar o que colocava no papel.

O seu maior erro foi tentar racionalizar a criação. Perdeu o fio da meada. Acontece que não sabia de onde vinha tudo aquilo. Não era ele... era invenção. Ele era só mais um cara, com uma vidinha sem graça, igual a milhões de outros. Roberto. Não era um apaixonado, embora descrevesse com perfeição o ardor da paixão. Não tinha uma amada, embora inventasse musas inspiradoras tão perfeitas que mais parecia um romântico da primeira geração. Não sabia contar piadas nem ser irônico, embora conseguisse construir sátiras aclamadas pelo público e crítica.

Costumava sentir inveja daqueles que escreviam sobre a própria vida, amores vividos ou a respeito da beleza do cotidiano. Seus textos se distanciavam da rotina. Eram idealizados, puramente ficcionais. Não conseguia encontrar dentro de si ódio ou amor suficientemente intensos, que transbordassem para o papel. Era morno. Divagava sobre o tudo e o nada, mas jamais sobre si. Os poetas pareciam ser loucos, insanos, mas ao mesmo tempo decididos. Sabiam quem eram, ou pelo menos quem queriam ser. Roberto nunca soube. Costumava ser apenas poeta. Hoje, nem isso.

Idoso, aposentou-se não só da literatura, mas também do intelecto. Se já não escrevia mais, nem tampouco lia. Os livros serviam apenas para juntar poeira e encher a estante do quarto. Ao empacotá-los, no entanto, separou a obra de Fernando Pessoa. Queria dar uma folheada em algo no avião, e achou que, se ia voltar a praticar leitura, devia fazer direito. Seu autor favorito certamente iria lhe motivar. Melancólico, triste, porém com uma pinta de verdade. Um fingidor, como o próprio se nomeia. Mas um bom fingidor. Um homem de dores. Muito melhor que ele próprio, que transitava por todos os sentimentos, sem sentir nenhum. Começou a leitura:

"O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."

A dor que deveras sente? Deve ser por isso que nunca chegou a ser bom escritor como Fernando. Nunca chegaria aos pés de um que consegue viver os personagens, com toda sua delicadeza e entusiasmo. Não sentia aquela dor. Nem alegria, medo, culpa, rancor. Enquanto os personagens descabelavam-se, ele apenas canetava, canetava, canetava... Tinha que nascer com aptidão para algo, e a dele era essa. Rabiscar, construir, descrever, revelar. Dar vida à algo. Algo que poderia existir, sim. Mas nunca dentro dele. Afinal, Roberto é só mais um. O texto é muito mais que isso. É único. É maior que ele.

domingo, 28 de abril de 2013

Essa tal esperança


"Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas." (Fernando Pessoa)

A gente cresce ouvindo que pode ser o que quiser. Astronauta, ator, médico, motorista de caminhão... ou até mesmo um vagabundo. Fazem uma espécie de lavagem cerebral de esperança. No entanto, os anos passam e a cobrança por resultados começa a ser pesada demais. Com isso, a maioria dos sonhos vão sendo substituídos por outros mais realistas, menos fantasiosos e que tragam dinheiro, estabilidade e, quem sabe, satisfação.

O problema é que, nesse meio tempo, existem duas formas de se perder. A primeira é abrindo mão do ideais radicalmente, para dar lugar ao lucro e poder, ou simplesmente por preguiça de correr atrás do que quer. A segunda, que particularmente acho mais difícil de julgar, é insistir tanto em um sonho a ponto de esquecer de viver as outras oportunidades. Culpa daquela velha lavagem cerebral... as pessoas repetem mil vezes "não desista", embora poucas realmente se importem se você o fizer.

Começa, então, uma espécie de corrida contra o destino. Quebrando a cara como quem troca de roupa. Depois de um tempo, nem dói mais. Vão se acostumando com o fracasso, já que essa busca pela felicidade gera a falta dela. Ao contrário do que dizem, olhar sempre pra frente pode ser ruim. Olhe para os lados e, se preciso, para trás. Reavalie. Procure novos caminhos. Um deles dará certo. Possivelmente aquele pelo qual você nunca pretendeu seguir.

Muitos dos sonhos são nobres, sim. E se realizam. O problema é que outros foram feitos para ser apenas sonhos, nunca realidade. E nisso não tem perseverança que dê jeito. É preciso seguir em frente e construir uma perspectiva nova. Quem sabe uma dez vezes mais bonita? Ter fé num objetivo é maravilhoso, mas não tanto quanto ter fé na vida. Tente, caia, levante, tente mais uma vez. Se não der, talvez seja hora de mudar o foco. Assim, não desgastamos demais a esperança - que é a última que morre, mas morre também. 

Aos 35 anos

- Uma bebida sem gelo, por favor - Pediu ao garçom, tocando suavemente os longos cabelos castanhos.

Saiu de casa querendo ficar um pouco sozinha, conversar consigo mesma enquanto tomava um drinque pensando sobre o seu casamento, emprego, sentimentos... enfim, todo aquele entrelaçado de pessoas e situações do seu cotidiano. Depois de alguns minutos, entretanto, encontrou com uma amiga de infância, também sozinha, que passava por ali para comer algo após um longo dia de trabalho.

- Júlia? - Perguntou a amiga, num tom de surpresa.
- Oi! Quanto tempo!
- Pois é, menina. Sabe como é, com tantas obrigações, a gente acaba sem tempo pra nada.

A amiga acabou sentando na mesa, o que estragou os planos de Júlia de conversar consigo mesma e pensar na vida, mas a levou a pensar sobre outra coisa: o tempo. A frase que, sem nem pensar, a amiga falou, a tocou profundamente. "A gente acaba sem tempo pra nada..." Será mesmo que tem que ser assim? Ficar presa à uma rotina cansativa e sem brilho? Deixar de viver o que a gente gosta, de estar com quem ama, escutar música, dançar, olhar nos olhos ou simplesmente não fazer nada, só curtir um pouco a preguiça do domingo. 

De repente começou a se achar velha demais. Percebeu que já tinha 35 anos. Gelou. Ontem mesmo era 25... passou rápido demais. Ela ficou sem tempo de comemorar a vida. Tinha que cuidar da casa, dos dois filhos, marido e ainda do seu emprego mais ou menos, cujo salário mal dava para pagar as contas. Viviam apertando daqui e dali, visto que o salário do marido também não era grande coisa, e queriam juntar dinheiro para comprar uma casa e sair do aluguel. Onde estava a graça de tudo aquilo? Dez anos atrás tudo parecia mais divertido e promissor. Vai ver que o tempo leva consigo também a magia. 

Se despediu da amiga e, no trânsito de volta para casa, ligou o rádio. Sentiu os acordes tocarem lá dentro da sua alma já esmorecida pelo tédio. Percebeu que ainda estava viva. Ainda dava tempo. Afinal, só tinha 35 anos. 35 anos nos quais construiu não só a si mesma, mas a uma família. 35 anos que não deviam ser em vão. Ela ainda tinha muitos e muitos pela frente. Tempo suficiente pra viver, mas não pra desperdiçar. Para não acabar sem tempo pra nada, precisaria de mais do que uma bebida sem gelo. Precisava aquecer seu coração e seus sentidos. Precisava de um amor, um olhar, uma vida sem gelo.