domingo, 14 de julho de 2013

Mais um

Você não sabe, mas hoje acordei com muita vontade de escrever sobre você, só de você, sobre nós, sobre essa mania da gente. E, sinceramente... não saiu nada. Nadinha. Nem uma linha. Estou a quinze minutos olhando pra tela do computador, branquinha, tentando organizar meus pensamentos e botar pra fora, mas não consigo. Estranho, já que alguns dias atrás eu não conseguia escrever sobre mais nada, só sobre ti. Será que eu te esqueci? Acho meio impossível que isso ocorra assim, do dia pra noite. Então será que eu coloquei tudo em uma dimensão maior do que a real? Será que é amor, mesmo? Depois de me perguntar isso se torna mais difícil ainda ter respostas. Eu sinto assim... pelo menos, sentia. Você fala a mesma coisa, e não parece mentira. Só que não é o bastante. Intrigante, já que, na minha cabeça, isso devia bastar. O amor, lembra? Aquilo que é maior e melhor que tudo? Mas não basta. Será que eu cansei de brincar disso? Ou fui obrigada a parar pela minha consciência? Não tem lugar pra mim no jogo. Não tem lugar pra mim na sua vida. Tá ocupado demais. Fechado pra balanço... e eu me fechei também. Tento escrever mais algumas linhas sobre você e só me vem eu, eu, eu. Egoísmo? Talvez... Ou talvez amor demais. Eu me amo também, sabe? Muito mais que medo de perder você, de perder isso, de perder a gente, eu tenho medo de ME perder. Por que eu sempre fui minha. E você... nunca foi. Nem parece estar disposto a ser. E eu quis ser sua, não quero ser de mais ninguém, nem por um segundinho sequer. Então porque isso agora? A vontade se foi ou ela nunca existiu? E por que mesmo assim espero tanto que você venha falar comigo? Que cante a nossa música, que fale o meu nome no meu ouvido, só pra mim. É complicado, ou simples, e eu que complico pra deixar do jeito que tá. Mas tá doendo, tá me incomodando tanto... tá me cansando. Já não me inspira tanto. Antes era tudo novo pra mim. Você era o primeiro, você era diferente de todos os outros com quem já me envolvi, você era o único. Você mexeu comigo de um jeito que me deu medo. Mas eu preciso seguir o caminho que é melhor pra mim, eu preciso ser mais eu, eu preciso parar de te deixar brincar, de te deixar tão livre... Eu preciso parar de deixar meu coração ficar apertadinho toda vez que te vejo abraçando outra pessoa mais forte do que me abraça. Eu preciso e eu vou. Te quero tanto, tenho um medo danado de te ver chorando, e quando você sorri o céu fica mais claro. Mas quando eu choro, dói mais. E minhas lágrimas ainda te comovem? Ou se tornaram corriqueiras? E meu sorriso importa tanto assim? Por que pra mim tem sido a melhor companhia. Tem botado mais tempero nessa nossa historinha, que tá ficando repetida, clichê, chata. Tá ficando previsível... e eu estou prevendo que eu é que tenho muito pra perder lá na frente. Pensando bem, é amor sim. Eu amo você. E se você acha que vai ser mais feliz sem mim, eu quero que você fique sem mim. Tua felicidade em primeiro lugar, certo? Ou melhor, em segundo. Em primeiro vem a minha. Então, por favor, seja feliz. Eu quero tanto isso! Mas se for sem mim, que seja sem mim mesmo. Não com um pedacinho meu. Por que um pedacinho só eu não consigo dar. Nem me cobre o que eu não posso te cobrar, por favor. Eu esperei tanto seu bom dia que, quando ele veio, perdeu a graça. Canta pra mim. Mas não canta de amor... que estou cansada de desencantar. Eu me amo, não vivo sem mim!!! Vivi sem ti até hoje. Queria que não fosse mais assim pro resto da vida... Mas nem sei se quero mais. Não sei, não sei. Me mostra? Me olha e me diz que é diferente, que não é assim tão ruim quanto eu tô achando. Por que eu não vou conseguir não acreditar se vier de você. Por que de mim, não vem mais nada. Não sai mais nada. Aliás, achei que não sairia. Mas como já dizia minha mãe, eu sou a rainha do drama. Eu escrevo colocando tudo num pedestal. Tudo pra mim é maior, é aumentado. E eu achei que agora eu não conseguiria fazer isso. Mas esse texto acabou sendo, como eu desejei ao acordar, mais um sobre você.

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