quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Dentre todos os lugares que eu poderia estar, acabei presa dentro de mim — Olhando os pássaros, que podem voar. Observando a lua, que pode brilhar. Observando o mar, mergulhando em suas profundezas...  Mas nada se compara à liberdade que eu tenho. Deus me fez humana para que eu possa ser oque quiser. Só eu posso me aprisionar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pray for Santa Maria

Madrugada. Música. Barulho. Multidão. Festa. Alegria. Fogo. Fumaça. Pânico. Gritaria. Fuga. Dor. Desespero. Choro. Silêncio. Vida. Morte. Todos nós morremos um pouco na tragédia de Santa Maria. Não fisicamente, como centenas daqueles jovens que saíram de suas casas para se divertir, mas cada um de sua própria maneira. Aqueles que viram amigos, parentes, filhos e namorados perderem a vida e sofrem com o luto. Aqueles que estavam lá e conseguiram escapar, mas jamais esquecerão aquela noite de terror. Todos os brasileiros que, embasbacados, acompanham pela tv o desfecho da tragédia quite chocou o mundo. E eu, que não posso evitar sentir meu coração partido diante de tanto sofrimento. Morri porque poderia ter sido eu, poderia ter sido um amigo, um familiar... Morri porque me pergunto até quando nossas vidas serão negligenciadas e colocadas em risco para sustentar a ganancia e o lucro. Morri porque sou jovem, humana e ainda tenho fé no amor, na solidariedade e no respeito, que se destacam nos atos nobres de muitos que tentam amenizar a dor dos que, em meio ao luto e a desilusão, tentam tocar suas vidas. Oremos por Santa Maria.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sobre lágrimas e seus desenrolares


As pessoas gostam de citar os sorrisos para falar dos momentos mais importantes de suas vidas. Concordo que sorrisos são lindos, agradáveis e podem colocar um tempero a mais em várias situações. Entretanto, nos momentos mais marcantes da minha vida, foram as lágrimas que estiveram presentes.

No instante do meu nascimento, eu estava chorando, não sorrindo. E assim também estive nas horas de maior tristeza, de maior felicidade, nas maiores emoções... Das maiores perdas às maiores conquistas, era o gostinho salgado delas que eu degustava, com os olhos brilhantes e a alma cheia, quentinha, à flor da pele. Nas horas angustiantes, no alívio, nas experiências que mais me fizeram crescer... basta um fechar de olhos para ver que as lágrimas me acompanharam fielmente.

É claro que adoro carregar um sorriso no meu rostinho, afinal, quem não gosta de estar nos eixos? Entretanto, é preciso sair deles de vez em quando, abandonar o conforto, fugir de si, pra depois voltar mais vivo, mais forte, mais humano. E, nesses momentos, foram as lágrimas que me ajudaram a moldar meu caráter e meu ser.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Aquelas fotos

Devia ter 35 anos quando as viu pela primeira vez. Fotografias do seu passado, da sua infância, de seus pais falecidos e da rua que costumava morar quando criança.

Pedro era uma daquelas pessoas estranhas que gostam de ficar sozinhas. Perdoem-me quem também tem essa mania, mas tenho horror à solidão. Depois de tantas perdas que enfrentou na vida, tinha resolvido que não perderia mais nada. Desapegou-se das lembranças a ponto de jamais olhar fotografia, camisa velha  ou qualquer coisa que o pudesse relembrar tudo que passara.

Se engana, porém, quem acha que por causa disso Pedro vivia de forma miserável e infeliz. Sentia-se tão bem como qualquer um que o rodeava, trabalhava como um doce e morava sozinho em um casarão com seu cachorro. Voltava do emprego ouvindo música no carro e com um sorriso cotidiano no rosto de quem não está saltitando, mas vive muito bem, obrigado. 

Em sua mania de desapego, resolver mudar-se para uma casa um pouco menor porém mais aconchegante, seguindo sua vida sem deixar que as marcas do passado o encontrem. No dia da mudança, porém, encontrar os resquícios foi inevitável. Sentado em sua mesa grande, sempre com o café a tiracolo e revirando uma papelada, abriu um envelope cheio de fotografias antigas. Ao encontrá-las, automaticamente tentou desfazer-se delas, mas um simples passar de olhos prendeu sua atenção de forma súbita e inesperada.

Não eram fotos profissionais, nem especialmente bonitas e requintadas, mas eram dele. Até já havia esquecido suas feições de infante. Reparou que era uma criança bonita, corada e bem alimentada e, embora não lembrasse bem o motivo, exorbitantemente feliz. É claro, isso antes de todas as tragédias que ocorreram em sua família.

Depois de brevemente relembrar seus dias de glória, pensou nos dias de pobreza, luto, fome e sofrimento. Havia tanto tempo que não pensava sobre isso que nem percebia que já haviam se passado mais de 20 anos e, tentando fugir desse passado, acabou preso a ele. Mas, em apenas alguns minutos, tudo mudara. Agora Pedro se reconhecia em todas aqueles momentos, e estava livre pra seguir em frente. Afinal, não tinha mais medo da sua própria história. Agora podia voltar do trabalho com um sorriso mais largo, cantarolando as músicas do rádio e, no caminho, deixar a mania de solidão de lado e passar na casa humilde de seus irmãos que tanto sentiram sua falta. Enfim, Pedro estava livre.

Preferidinhas - Clarice Lispector


"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe se esse defeito é que sustenta nosso edifício inteiro."

"Já que se há de escrever, pelo menos não esmaguem com palavras as entrelinhas."

"Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."

"Com todo o perdão da palavra, eu sou um mistério pra mim."

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente."

"Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração."

"Perder-se também é caminho..."

"Muito elogio é como botar água demais na flor. Ela apodrece."

"Quanto a mim, sinto que de vez em quanto sou personagem de alguém. É incômodo ser dois: eu pra mim e eu pra os outros."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Férias, cobranças e finais felizes

É até estranho quando a gente passa um tempão focado numa coisa e finalmente acontece. Férias, embora seja ótimo, maravilhoso e tudo mais, também é um pouco estranho. Você vive correndo pra lá e pra cá, mil coisas pra fazer, mil pessoas em cima de você e de repente (puf!) acabou tudo. Não tem mais nada pra fazer. Pelo menos por um tempinho, jajá começa tudo de novo.

O fato é que a gente se acostuma com as cobranças vindo de todos os lados. Todo mundo espera que você se dê bem em tudo que faz. O final feliz deixa de ser um sonho pra ser praticamente uma obrigação, só que na verdade nem sempre ele acontece. Tem gente tagarelando o tempo todo dizendo que a gente não pode desistir, tem que correr atrás, lutar... mas e quando a gente não pode fazer mais nada? Significa que tudo foi uma droga? Claro que não! Você fez seu melhor, viveu mil coisas boas no meio do caminho... apenas não ocorreu como planejado. Isso nem é necessariamente um final triste. Apenas diferente.

O mesmo ocorre com os relacionamentos. Muito me intriga quando vejo uma pessoa que terminou um relacionamento de uns 5 anos e diz que "não deu certo''. Deu certo sim! Por cinco anos! Só que acabou... como quase tudo na vida. Sei que não é isso que a maioria espera que aconteça, mas as vezes é inevitável. E não quer dizer que não funcionou, que foi um erro. Apenas acabou. Dando lugar pra novos começos. Esse é o ciclo da vida.

Não importa o quanto as pessoas te cobrem, te encham os ouvidos com contos de fadas e felizes pra sempre, digam pra você ir atrás dos seus sonhos... Independentemente dessas vozes todas, pare um pouco. Se dê férias, nem que seja só para a sua cabeça. A forma como você viveu sua vida inteira vai importar muito mais do que a forma como ela terminou. Na prática, não são os fins que justificam os meios, mas os meios que justificam os fins.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Busque lá dentro de você tudo que há de mais puro e transporte para a sua rotina. Somos os co-autores das nossas vidas. Deus nos dá os dias. Todo o mais é por nossa conta.

"Desculpe-me o transtorno, estou em construção..."


Não é difícil perceber que estou um pouco perdida, mas sinto que aos poucos estou me encontrando. A vida é isso. Eu sempre vou ter um pouco de certeza e um monte de dúvidas, um pouco de medo, um pouco de coragem, o meu saber e a minha ignorância. Devo ao meu passado muito do que eu sou hoje, mas também ao meu futuro muito do que eu vou me tornar. Me descubro um pouco mais a cada dia na certeza de que todo mundo é um pouco assim. A gente vai vivendo, errando, aprendendo, amando... construindo tudo que a gente é e tudo aquilo que quer ser.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

"slow down, you're doing fine. You can't be everything you wanna be before your time..."

Acabei me tornando alguém cheia de urgências bobas. E deixei um pouco de quem eu sou de lado por causa delas. Acabei me desfazendo de muitos dos sonhos, muitas das fantasias... Mas a urgência de ser feliz acabou falando mais alto. Por isso vou me desfazer de todas as outras. Há tempo pra tudo. E eu sei que posso me acostumar com isso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dreams really do come true

FELIZ! Feliz, feliz, feliz! Não consigo pensar em mais nada pra escrever além da alegria que eu estou sentindo. Ainda não caiu a ficha direito, mas acabou! Acabou cursinho, acabou nervosismo, acabou história, geografia, física, química, acabou tudo isso!!!! Não tenho mais nada a fazer a não ser agradecer imensamente a Deus e esperar que venham outros resultados positivos. Eu sei que vai vir um novo começo por aí. Pode ser que tudo isso revire minha vida de cabeça pra baixo, pode até ser que eu precise mudar de casa, ir pra longe dos meus pais, aprender a me virar. Mas isso tudo é um sonho. Um sonho lindo que, depois de dois anos renunciando a tanta coisa, finalmente está se tornando realidade. Valeu a pena. Um novo tempo vai começar pra mim. E eu não poderia estar mais grata e feliz.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Um

Chamava-se José. Assim mesmo, puro. Apenas José. Mais um Zé entre milhões. Com nome simples, comum, cotidiano. Entretanto, o nome era seu único laço com a simplicidade. José sempre fora complicado. Desde pequeno, queria ser o mais forte, imponente, sábio. Ele, na verdade, nunca foi criança. Nasceu um adulto pequenino, com uma cabeça cheia de cobranças.

Seus pais nunca compreenderam. Esforçaram-se para dar todas as condições para que seu filho pudesse crescer livre de complicações, mas nada adiantava. Era uma criança bonita, rica, com tudo nas mãos e sem nenhum amigo. Embora recebesse todo amor e atenção, não demonstrava o mesmo por ningúem. A verdade era que José estava sempre em busca de um problema que justificasse o fato de ele não conseguir ser tudo aquilo que almejava: melhor que todos. Como não encontrou nenhum, tornou-se o problema personificado.

Já adulto, virou o homem que mandava. Embora não conseguisse comandar a todos, como era seu desejo, começou comandando a própria casa, coisa que fazia muito bem, obrigado. Afinal, se logo cedo aprendeu a manipular os próprios pais, fazê-lo com seus filhos, esposa e empregados não seria uma tarefa difícil. Mandava, sobretudo, em si mesmo. Não se permitia fugir da rotina, dar um sorriso, um bom dia ou derramar uma lágrima fora de hora. Para ele, tudo isso era apenas formalidade.  

Por conta do seu comportamento metódico e ríspido, muitos comentavam que era infeliz. Na verdade, infeliz não é a palavra certa pra definir José. Ele, simplesmente, não se permitia sentir nada. Acostumara-se com isso. Não sabia o que era felicidade nem tão pouco tristeza. Tinha ideias fixas e duras. A respeito da sua mulher, familiares, funcionários, cachorro, papagaio, porteiro, a moça que apertava o botão do elevador... e sobretudo a respeito de si. Entretanto, não se permitia pensar tanto nessas bobagens. Nada valia a pena.

Aliás, perdoem-me a falha. Havia uma coisa que valia a pena pra José: seu emprego. Em seus olhos vazios e fundos, o único resquício de emoção que conseguia-se enxergar era orgulho. Orgulho de sua empresa, de seu negócio. No fim, ele não conseguiu se tornar o melhor de todos como almejava, mas sentia-se superior à todas aquelas pessoas que trabalhavam na sua metalúrgica e que dependiam dele para ter um prato de comida. Chegava a sentir uma ponta de prazer, mas depois deligava-se disso. Ele não podia deixar de ser José, aquele que não sentia, que não tremia as pernas por nada. Nem se quisesse. Nem saberia como. 

Com o passar dos anos, metalúrgicas mais modernas e bem equipadas surgiram naquelas redondezas. Afogado em seus sórdidos pensamentos, José nem reparou que caminhava em direção ao fracasso. Seus empregados, cansados dos maus tratos e baixos salários, aos poucos foram deixando a empresa. Até que ela faliu. Foi então que, de forma inédita, José se viu sem controle sobre seu mundinho.

Sem dinheiro e sem poder, ficou também sozinho. Em outro momento isso não lhe incomodaria, ao contrário, a presença de sua família sempre lhe causou mais desconforto do que qualquer outra coisa. O fracasso, porém, foi como o monstro que José nunca havia temido na infância. Finalmente ele apareceu para lhe atormentar. E, pela primeira vez na vida, ele sentiu medo, tristeza, solidão. Agora, era mesmo um infeliz, como falavam. Mas pelo menos era algo. Pelo menos sentia algo. Enfim, José sentiu-se um. Sentiu-se humano. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Esperando


Que sorte é, entre tantas esperas e dúvidas, conseguir esperar tranquilo. Ansiedade sempre foi problema pra mim, e agora mais do que nunca. Por favor, tempo, passe logo!!!!!!!!!!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

E agora?


Aqui estou eu. 18 anos, corpo formado, cabeça nem tanto. Fico imaginando oque a criança que eu era pensaria da jovem que me tornei. Quando imaginava minha maioridade, via como algo muito distante, me imagina independente, madura, alta, decidida... Mas será que eu me tornei pelo menos metade do que eu queria ser? Parece que esse tempo chegou rápido demais. Eu queria ser diferente, sonhava em realmente fazer algo importante, mudar o mundo!! Agora, meus sonhos parecem cada vez menores. Talvez eu, com meus 8 aninhos, olhasse pra mim agora e visse só mais uma, chatinha, igualzinha a mil outras garotas. Mas eu sei que ainda tem aqueles desejos de menina dentro de mim. Eu sei que eu ainda tenho tempo pra realizá-los. Só preciso me lembrar de quem realmente eu sou.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Preferidinhas - Capitães da Areia

Quando leio um livro que eu gosto, tenho o hábito de anotar as frases que mais me marcam, as partes que eu mais me identifiquei, meus trechos favoritos, enfim, minhas "preferidinhas". Esse ano, como me dediquei ao vestibular quase que unicamente, li muito pouco, mas como tive que ler as obras indicadas pelas universidades, li Capitães de Areia (Jorge Amado) e me surpreendi bastante com o livro, realmente adorei. Como geralmente acabo perdendo os trechos que anoto depois que eu leio, resolvi começar a postar aqui no blog! Afinal, é um espaço meu, feito só pras minhas lembranças e pra poucas pessoas que sabem que isso aqui existe. Enfim, minhas anotações de Capitães de Areia foram essas:

"Ele queria uma coisa imediata, uma coisa que pusesse seu rosto sorridente e alegre, que o livrasse da necessidade de rir de todos e rir de tudo."

"E rindo, e ridicularizando, era que fugia da sua desgraça. Era como um remédio. No rosto do que rezava via uma exaltação, qualquer coisa que ao primeiro momento o Sem-Pernas pensou que fosse alegria ou felicidade." 

"Não pensava, não via nada. Só a suave carícia do beijo, uma carícia que nunca tivera. Era como se o mundo houvesse parado naquele momento do beijo e tudo houvesse mudado."

"Porque a liberdade é como o sol, é bem maior que o mundo..."

"Pirulito mirou o céu azul onde Deus deveria estar e agradeceu num sorriso, pensando que Deus era realmente bom. E, pensando em Deus, pensou nos capitães da areia. Eles furtavam, brigavam nas ruas, xingavam, derrubavam negrinhas no areal, por vezes feriam com navalhas ou punhais homens e polícias. Mas, no entanto, eram bons, eram amigos uns dos outros."

"A fé é um alimento precioso."

Cuestión de peso

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

And I finally learned to let it go...

Aprendi que o silêncio tem valor. Fala mais que palavras. Aprendi que a vida vai seguir seu curso, queira eu ou não. Que o tempo não vai esperar eu me sentir preparada, então estou pronta agora!! Vou deixar passar. Vou deixar fluir. Me deixar amar, me deixar correr, sentir, errar. Me permitir não saber. Não ter respostas. Amadurecer, mas também ser imatura de vez em quando. A vida é isso. A gente sempre tem um pouco de saber e um pouco de ignorância. E vai se construindo, mudando, concertando, aprendendo. Vivendo.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Eu ainda sou uma menina

Vejo que tudo vai mudar e sinto medo. Crescer sempre me assustou um pouco. Como posso conviver com tantas responsabilidades, com tantos monstros da vida, com tanta pressão, se meus medos maiores ainda são de criança? Ficar sozinha me assusta. O escuro me assusta. O tempo me intriga. E eu fico parada observando meu jeitinho de menina permanecer, enquanto a carinha de menina vai embora. Talvez isso seja bom, e talvez não. Não quero que todo mundo me olhe como a garotinha assustada, indefesa e frágil. Aquela que todo mundo pode passar por cima sem muito esforço. Sei que posso ser forte. Sei porque, em muitos momentos, já tive que ser. Apenas esqueço disso de vez em quando. Sei que sou bem madura por um lado, mas por outro, não. Ainda tem aquela criança indefesa nos olhos. Ainda tem inocência, embora tenham arrancado grande parte dela de mim. Eu ainda sou uma menina tentando achar a mulher que eu sei que existe dentro de mim, e que está pronta pra sair, só precisa de coragem.