terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Eu ainda sou uma menina

Vejo que tudo vai mudar e sinto medo. Crescer sempre me assustou um pouco. Como posso conviver com tantas responsabilidades, com tantos monstros da vida, com tanta pressão, se meus medos maiores ainda são de criança? Ficar sozinha me assusta. O escuro me assusta. O tempo me intriga. E eu fico parada observando meu jeitinho de menina permanecer, enquanto a carinha de menina vai embora. Talvez isso seja bom, e talvez não. Não quero que todo mundo me olhe como a garotinha assustada, indefesa e frágil. Aquela que todo mundo pode passar por cima sem muito esforço. Sei que posso ser forte. Sei porque, em muitos momentos, já tive que ser. Apenas esqueço disso de vez em quando. Sei que sou bem madura por um lado, mas por outro, não. Ainda tem aquela criança indefesa nos olhos. Ainda tem inocência, embora tenham arrancado grande parte dela de mim. Eu ainda sou uma menina tentando achar a mulher que eu sei que existe dentro de mim, e que está pronta pra sair, só precisa de coragem.

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