domingo, 31 de agosto de 2014

Marcos 4:35-41

Jesus chama os discípulos para ir ao outro lado. Ele sabia que havia alguém lá precisando Dele. Não é incrível pensar que Deus atravessaria as águas e deixaria para trás uma cidade inteira, só pra ir curar uma pessoa? E que faria isso por mim e por você? Pois é. Esse é Ele. E assim eles fizeram. Subiram no barco e partiram em direção à vontade do Deus vivo e homem. Então uma tempestade começa a se instalar. É incrível como, se pararmos para pensar, a história se repete em nossas vidas. Quando Jesus nos convida a sair de onde estamos, a mudar de rumo e passar para o outro lado, o vento sopra e tenta nos impedir. E, como os discípulos, sentimos medo. Muitas vezes perguntamos a Jesus o mesmo que aqueles homens perguntaram: não te importas que morramos? Não te importas comigo? Não te importas com o que as pessoas fazem contra mim? E então Ele, serenamente, nos mostra que tem o controle de tudo, mesmo quando parece que nada se encaixa. Quando Ele ordena, até o mar e os ventos obedecem. E, mesmo vendo nossa pequena fé, faz com que tudo coopere para nosso bem. E aí eu me lembro que a Bíblia me diz para me alegrar com as adversidades. Afinal, é bom saber que mar calmo nunca fez bom marinheiro. E melhor ainda saber que Jesus está no barco.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Meus (quase) vinte anos

Então, é isso. Tá chegando, de verdade. Não que seja assim tão inacreditável. Todo mundo, com sorte, chega lá. Ainda assim, pra mim, parecia algo distante demais. Sabe, minha mãe sempre diz que parece que foi ontem que ela tinha um bebezinho nos braços. Pequeno, indefeso, totalmente dependente dos outros e nem um pouco incomodado com isso. Eu ainda não carregava marca alguma, além do sinalzinho que eu tinha na testa. Ninguém tinha me machucado, me forçado, me decepcionado, mentido, dito adeus. Eu nem sabia o que era amor, mas, ainda assim, já o tinha. Eu ainda não era eu. Os anos passaram tão rápido que, enquanto eu virava eu, não tive tempo pra notar em breve eu não poderia mais ser pequena, indefesa ou dependente. Aqui estou eu, a beira dos 20. Pareço mais forte, não é? Durmo sozinha. Dirijo. Posso sair sem pedir permissão. Estou na faculdade. Medicina, quem diria. Mas vou te contar um segredo: eu ainda sou a mesma garotinha chorona de quando tinha 15 anos. Talvez um pouco menos assustada e com um punhado a mais de cicatrizes. Mas a mesma. Eu sou eu, agora. E eu sou aquela... Aquela cheia de sonhos, que acredita nas pessoas rápido demais e que gosta de escrever sobre o mundo, sobre a vida e sobre os babacas que conhece e que sempre acha que, dessa vez, será diferente. Que sonha com coisas que um dia se tornarão realidade, com algumas que já são e também com um bocado de outras que nunca serão. Eu cresci. É, cresci mesmo. Cresci por dentro. E por fora, ainda que nem tanto. Jeito de menina, carinha de adolescente e idade que a chama a ser a mulher que ainda vai levar mais alguns tombos até começar a aparecer. Enquanto isso, vou soprar as velinhas ansiosa pra ver ela chegar. Porque de adulta, sinceramente, eu não tenho nada. Ou quase nada.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

De novo

Não. Não vou tentar fazer parecer bonito. Ou normal. Ou aceitável. Simplesmente, é fato: você partiu meu coração. Não, não daquela vez. De novo. Hoje. E ontem, e antes de ontem. E na semana passada, quando me olhou estranho no elevador. Sabe todos os dias de manhã, quando você não me dá bom dia? Pois é. É como se você quebrasse meu coração de novo, a cada vez que faz isso. Sabe quando dá uma louca em você e você decide conversar comigo como se ainda fôssemos aquelas duas pessoas? Então, aí ele se quebra mais ainda, pois me dá uma vontade enorme de saber o que se passa na sua cabeça, e aí eu lembro que nunca vou saber. E também lembro que não somos mais aqueles, e nem nunca mais vamos ser. E você não sabe como eu queria não ter mexido em nossas vidas. Meu coração se parte outra vez quando penso nisso. Ou quando você chega e fala com todo mundo, menos comigo. Ou quando você decide tirar alguma brincadeirinha como se ainda tivéssemos alguma intimidade, quando na verdade, na maior parte do tempo, agimos como estranhos. Ou quando sorri pra mim. Ou quando não sorri. Ou quando pergunta por mim em minha ausência. Ou quando parece nem perceber que eu to ali. Tudo isso parte meu coração. E foi por tudo isso que eu percebi que o problema é muito mais eu do que você. Por que não importa como você age - minha reação é sempre a mesma. O problema é que você não é mais quem era, muito menos quem você era pra mim. E isso quebra meu coração de tantas maneiras que eu não saberia dizer todas elas. Com você, eu me sentia presa, insegura, com medo. E, ainda assim, feliz simplesmente por te ter, mesmo tendo a CERTEZA, não importava quantas vezes você me dissesse que eu estava errada, de que em breve isso iria mudar. Sem você, me sinto livre, leve e tranquila. Então, me diz, porque eu sinto TANTO a sua falta? Tanto que meu coração (e, as vezes, os olhos também) ainda chora. Quando te vê e quando não te vê. Quando te vê feliz e quando te vê triste. Quando você parece me amar, me odiar e quando parece simplesmente não se importar. Você quebra meu coração de novo e de novo, e por isso você não me traz paz. E dizem que, quando não traz paz, é por que não era amor. E que bom, que bom que não era. Imagina só o amor ser assim?