Com os anos passando, os contos de fadas foram sendo deixados de lado. Eis que a vida real vai, aos poucos, mostrando a face. A simplicidade mostra o seu valor e, de repente, a gente percebe que felizes para sempre não existe, pelo menos não do jeito que parecia ser. Início, meio e final feliz é por nossa conta, é construído tijolo por tijolo. Os versos da nossa vida vão sendo escritos e, ao longo deles, as pequenas alegrias se mostram grandes, enormes, indispensáveis! Seja o sorriso, o beijo, a companhia, uma página em branco esperando pra ser escrita, alguém escovando nossos cabelos... Tudo que se esconde no cotidiano e o torna mais leve, mais fácil de carregar.
Agora, olhando o céu azulzinho, combinando com o mar, eu sinto meu coração aquecer. Sinto que eu posso ser quem eu quiser. E que alegria poderá ser maior do que a liberdade? Que mais posso querer além de uma tarde ensolarada, uma rede para deitar e um texto todo pronto na minha cabeça, esperando para ser escrito? Ser livre pra ser quem a gente é está sem dúvidas na minha lista das pequenas grandes alegrias. Sabe, hoje tem poucas coisas que eu goste mais de fazer do que ouvir uma boa música, sozinha, deixando os acordes se espalharem pelo quarto e a meninice brincar, novamente, nos meus olhos. É, parece que meu pai estava certo.
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