segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mais amor, por favor


"Duvida da luz dos astros         
De que o sol tenha calor
Duvide até da verdade
Mas confia em meu amor."

(W. Shakespeare)






Já é segunda feira e eu ainda não consegui dormir, o que em parte é culpa da minha rotina de não fazer nada, mas também consequência do infinito de pensamentos que passam pela minha mente. O que sustenta a vida, afinal? Por que se viver for só mesmice, só formalidade, desculpa, mas não acho que vale a pena.
Se não tiver um pouquinho de magia escondida, perde a graça. O amor é a única resposta que me parece satisfatória. Ele está dentro e fora de mim. Está em todo mundo, acredito. De formas diferentes, mas está. O que acho estranho é  que, embora muito claro, o amor está, ao mesmo tempo, distorcido e discreto. Ele pode ser encontrado na maioria das músicas, está estampado nos outdoors e novelas, nos livros e capas de revista. Mas cadê ele no dia a dia? Cadê ele nos sinais, na rua, no cotidiano, nas pessoas? Onde encontrá-lo no amontoado de pessoas sozinhas em seus carros, pedintes batendo no vidro, uma criança dormindo na calçada? Nos olhos da menina que perde a inocência quando algum engraçadinho, impiedosamente, quebra seu coração ou do filho que vive com os pais, mas, no fundo, se sente órfão? São olhares que não brilham mais. O mundo não pode ser só isso. Não é. E, se for, espero nunca descobrir a verdade. Por que eu enxergo de outra forma. Eu vivo para o amor. O resto é detalhe. O resto se desgasta - o amor não. "Quanto mais se dá, mais se tem."

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