sábado, 29 de junho de 2013

Se cuida.


Se preserva, Jade. Se cuida. Não se entrega demais. Se ama. Se perdoa. Se encontra, se entende. Tem cuidado com os outros, mas contigo também. Não deixa teu coração se quebrar. Pensa um pouquinho mais em si mesma. Se você não fizer isso, ninguém mais vai fazer por você.

domingo, 23 de junho de 2013

Preferidinhas - Colisão


"Preciso ser o oposto do que o mundo é
Bater de frente com os meus desejos
Resistir o mal até o fim
Uma hora ele fugirá de mim

Preciso ser preservador de bons costumes
Evitar as más conversações
Me policiar quando os meus impulsos
Ultrapassam o limite da emoção

Preciso guardar meu corpo
Lembrar que ele é um templo santo do Pai
Preciso ter atitude
Largar o meu assento e caminhar com Deus

Hoje é tempo de fortalecer a fé
Colidir com o mundo e ficar de pé
Mais que conhecer, preciso viver
A verdade revelada

Hoje é tempo de renunciar meu eu
Lembrar que numa cruz alguém por mim morreu
Hoje é minha vez, agora sou eu
Vou morrer pro mundo e viver pra Deus."

Medo - de quê?


Pra que tanto medo assim, menina, de perder alguém que nunca foi seu? Se eu pudesse contar quantas coisas já perdi por medo de perder, sei que ainda seriam bem mais do que consigo me lembrar. Que medo é esse que eu tenho de afastar de mim quem eu quero perto? E quantas vezes já abri mão de mim por causa disso? Me perdi, me deixei perder, deixei me levarem por completo em troca de um pedacinho de outra pessoa. E agora eu sinto falta de mim. De me ter completa, de ser minha, e do Senhor. Por que tenho tanto medo de te contrariar? Por receio de que você pegue de volta a partezinha que me deu do teu coração, e não devolva o pedaço tão grande do meu, que eu te dei tão facilmente? Por que estou adiando colocar um limite, se sei que hora ou outra isso vai ter que acontecer? É que ter você longe parece pior do que ter você perto, mesmo que não tão perto quanto eu queria. Mas será que seria mesmo? Por que tanto medo de te perder de vista? Por que quero tanto que você não me solte mais, se o teu abraço me faz um bem e um mal danado? Pode parecer frase feita, mas tem hora que nem eu me entendo. E se eu não me entendo, como poderia te entender?

sábado, 22 de junho de 2013

O que quer o Brasil?


Dilma, nós não queremos apenas a diminuição das tarifas. Nem muito menos um pronunciamento oficial. De bla bla bla, já estamos cheios. Queremos ação. Saúde e educação nos padrões FIFA. Não queremos médicos estrangeiros para ampliar atendimentos do SUS. Queremos condições de trabalho para os profissionais de saúde, melhoria das universidades de medicina públicas e privadas, plano de carreira e estabilidade. Queremos saber onde vai parar o dinheiro público em um país que tem a maior carga tributária do mundo, mas ainda assim os serviços de saúde são precários, não por falta de médicos, mas por falta de investimento e infra estrutura. A educação de qualidade é privilégio para uma minoria que tem condição de desembolsar uma fortuna. O transporte público é caro e não atende à demanda da população, mas aos interesses dos proprietários das empresas de ônibus. Nosso dinheiro já serviu de maquiagem por tempo demais. Já foi desviado pelos corruptos por tempo demais. Queremos um basta, dizemos não à PEC-37 e à ditadura do congresso! Queremos que os 720 bilhões de reais que foram arrecadados em impostos APENAS NO ANO DE 2013 sejam utilizados em favor da maioria, e não de uma minoria. Queremos que você escute as vozes das ruas, sim, presidenta. Mas que escute com atenção, nos oferecendo nada mais nada menos do que o que nos é de direito.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meu pensamento hoje não está ocupado com as revoltas do povo brasileiro. Nem com ele. Nem comigo. Nem com anatomia. O que não sai da minha cabeça é olhar daquela criança que perdeu a mãe. Um misto de dor e de dúvida, um jeito de quem está confuso. Por que estão todos a minha volta, com pena de mim? Por que minha mãe foi pro céu, se ontem ela estava bem, estava do meu lado, penteando os cabelos da minha irmã? Eu não sabia o que falar diante das perguntas que ele fazia usando apenas um olhar. Palavras, hoje, foram poucas. Perdidas... A morte me calou. Calou todo mundo. A gente sabe que vai ter que lidar com ela, mas nunca se acostuma com a ideia. É por esse menino, hoje, que eu torço pra que o gigante acorde, pra que as pessoas lutem e o país mude. É por ele, que não tem perspectiva de futuro. Que não tinha pai e agora não tem mãe, apenas 5 irmãos que, assim como ele, não sabem mais quem os vai acolher. E eu não posso mudar isso. Não sozinha. Eu posso estar lá e pegar na mão dele, dizer pra ser forte. Mas ele já teve que nascer forte. Porque a infância que eu conheci ele não conhece. Porque cama pra dormir é o luxo maior do qual ele pode desfrutar. Porque ele está triste. E não tem quem tire da minha cabeça que criança foi feita pra ser feliz.

domingo, 16 de junho de 2013

Questionando

Mudar por que? Se eu sei quem eu sou e quem me defende? Sou só eu, lembra? Eu... Por que estou me deixando levar? Minhas prioridades, onde ficam? Se inverteram? Por que choro tanto? Por acaso me perdi no meio do caminho? E não era esse o caminho que eu tanto queria seguir? Em alguma esquina deixei cair o meu encanto? E a minha fé? Minha vontade de ser diferente? Quem me roubou de mim?

Eu, eu me roubei de mim mesma... Eu arranjei desculpas pra virar a vítima da trama que eu mesma construí. Eu decido. E eu decidi errado. Por que pareceu tão certo? Será que eu não sei mais o que é certo e errado? Por que tá incomodando tanto aqui dentro? Será que eu mudei? Ou é só a velha eu, errando, mas tentando acertar? Por mais puro que seja coisa qualquer que eu sinto, por mais que eu tente seguir as regrinhas, por mais que eu queira o bem, eu não consigo nada sozinha. Eu preciso de Deus. Eu preciso estar ciente de que Ele julga minhas intenções, até mesmo aquelas que nem eu conheço. Ele tem me alertado. Ele guiou meus passos até aqui. Pra que andar pra trás?

Eu gosto da pessoa que eu sou, e mais ainda da que eu posso ser. Eu posso melhorar a cada dia e deixar o melhor de mim aonde eu for, nas minhas relações, na vida de quem cruza o caminho com o meu. Por que não, então, parar de pensar e colocar em prática?

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Você

Sabe o que eu queria? Não ter tantos motivos para achar que a gente tem tudo a ver. Ficar do teu lado parece tão obvio, parece o certo, talvez o destino ou sei lá. Mas ao mesmo tempo parece tão errado... Eu não sinto mais culpa. Sinto que foi inevitável. Ao menos para mim. É engraçado olhar nos teus olhos e te ver olhando de volta para os meus, tão perto, mas tão longe. As vezes acho que é só besteira da minha cabeça, mas eu e você, pra mim, parece perfeitinho demais. Quem sabe se você soubesse o quanto eu me importo, pudesse me dar um motivo para gostar um pouco menos de ti. Ou, melhor ainda, para gostar ainda mais. Se você soubesse o quanto é importante, talvez me repetisse pra mim que eu também sou, como já falou de um jeitinho fofo, mas que parece da boca pra fora. Ou, sei lá, falasse que já existe outro alguém muito mais importante pra você. É estranho. Lembro de você falando que sente como se me conhecesse a muito tempo, e eu sinto exatamente a mesma coisa. Por mais que eu saiba que estou metendo os pés pelas mãos, pra mim parece fácil demais estar com você, embora existam tantos motivos impedindo que isso aconteça. Fico confusa, as vezes acho que nem ligo mais, mas basta acordar de manhã cedinho e te ouvir falando bom dia, que tenho a impressão de que poderia ouvir essa mesma voz todos os dias, sem nunca me cansar. Nunca, nunca, nunca pensei isso de ninguém. Muito menos de alguém com quem eu não poderia me envolver. Mas aí vem você. Com sua pouca idade e jeito engraçadinho. Você. Por quem eu achei que não sentiria sequer simpatia. Você, que nem olhava pra mim. Você que um dia resolveu grudar do meu lado como quem não quer nada. Você, que agora é quem alguém procura quando quer me encontrar. Você, por quem eu não poderia me apaixonar. Que me apresentou a namorada no mesmo momento em que a gente se conheceu. Que é bobo, tímido, infantil, fofo e que me abraça forte todo dia, de um jeito que me faz sentir segura. Que parece fácil demais de amar, que é cheio de defeitos e que briga comigo, mas com um sorriso já não me deixa mais ficar brava. Só você, enfim. Você.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vida, astuta vida


É engraçado ver como a vida parece conhecer, minunciosamente, cada uma das nossas carências e fraquezas, e faz questão de nos surpreender, colocando coisas iguais no nosso caminho, mas de maneiras totalmente diferente. As vezes acho que ela gosta mesmo é de tocar na ferida. Ir lá bem no fundinho da gente, naquele cantinho do coração que a gente não mostra pra ninguém e tirar de lá o ponto de partida pra uma história nova. E depois outra. E mais outra. É como uma música que segue com a mesma letra, mas em outro ritmo. O ser humano é feito de erros, sim. Mas vive tentando acertar. Corre de um lado por outro, procurando seguir as regrinhas, a politicagem, as formalidades e tudo mais que o é imposto, mantendo um sorrisinho no rosto. Afinal, todo mundo quer sair bem na foto. O problema é que a vida ri da nossa cara, sabendo que, hora ou outra, aquela pedrinha no caminho vai machucar nossa parte mais frágil. E aí não dá pra disfarçar. Dói, dói, dói. Mas quando passa, faz um bem danado. Ah, claro... a vida não iria dar um paço em falso. Ela sabe o que faz. A gente é que não sabe o que fazer com ela.

domingo, 2 de junho de 2013

Fresta

Olhou pela janela do quarto e viu uma pequena fresta, que trazia a luz do recente amanhecer. Fechou novamente os olhos, mas não conseguiu voltar a dormir. Era como se aquele pequeno facho de luz lhe obrigasse a levantar ir concertar o que estava errado. Uma ponta de esperança surgiu, quem diria. Vai ver ela é mesmo a última que morre. Sentiu-se humano por encaixar-se nesse clichê. Afinal, que mais é o mundo além de um imenso clichê? As pessoas estão se igualando, buscando as mesmas conquistas, tentando alcançar o que algum mentiroso muito convincente chamou de felicidade. Soube naquele momento que havia muita semelhança entre a vida e aquele facho de luz. Seu brilho é sutil, discreto e não se enconde em grandiosidades, mas na simplicidade do nascer do dia. Ficou muito claro que existia uma vida por trás dos dias, enfiada lá no fundo, onde poucos se dão ao trabalho de procurar. Era preciso ler não só os fatos, mas também suas entrelinhas. Talvez viesse a esquecer tudo aquilo no dia seguinte, mas, naquele momento, ele sabia. E foi o suficiente para trazer de volta o sentido que estava perdido.