quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Liberdade, gaivotas e suco de laranja


"Tudo posso, mas nem tudo me convém..."

Tem dias que tudo que eu queria era sair correndo até não aguentar mais, ir pra bem longe onde ninguém possa me achar. Depois, penso melhor e vejo que não poderia sentir paz ao me ver sozinha. Em outros, sinto vontade só de tomar um suco de laranja na varanda e ficar olhando o céu, paradinha, na minha. Mas aí sempre tem algo ou alguém para me interromper. E meu suco de laranja, tão docinho, acaba.

Eu quero ser livre. Acho que todo mundo quer. Mas é difícil entender essa tal de liberdade. Sempre tem algo que me faz sentir aprisionada, nem que sejam meus próprios pensamentos. Vai ver que essa tal liberdade, como as pessoas pensam que é, nem exista. Talvez ela seja outra coisa bem maior e que as pessoas não enxergam. Talvez seja algo concerto, ou talvez seja só um estado de espírito. Quando penso sobre isso, vejo que ainda estou longe de compreender. Eu tenho uma fé dentro de mim que me faz sentir liberta, mesmo que eu nem saiba direito o que isso significa.

Se eu tivesse que citar uma imagem, um simbolo, um ser que me remeta liberdade, sem dúvidas falaria das gaivotas. Acho que já deu pra perceber que amo gaivotas. Além de achá-las lindas, sinto até uma pontinha de inveja ao vê-las voar, tão livres, tão leves, mas ao mesmo tempo sempre em bando, sempre juntas. Vão a todo lado, mas nunca sozinhas. Quem dera poder voar por toda parte, sentir a brisa tocar minhas asas, mergulhar nas nuvens e sentir o sol sob a pelagem, sabendo que ao meu redor estariam sempre os meus semelhantes, desbravando junto comigo o mundo inteiro.

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