sábado, 30 de março de 2013

Metalinguagem

Eu já mudei esse blog de cara várias vezes, já mudei o foco, já mudei a forma dos posts... mas eu nunca tirei do papel a ideia de publica-lo. Faz tempo que tenho vontade de começar a mostrar o que eu escrevo, mas fico com medo que isso tire toda a graça, sabe? Esse é um espaço meu, eu posso escrever o que eu quero, sobre o que eu quero, sem me preocupar muito. Tem dias que eu simplesmente quero vir aqui colocar aquilo que está passando na minha cabeça. Eu digito, e (puf!) pronto! Não preciso revisar, medir muito as palavras e nem nada. É livre, espontâneo. Outros dias eu quero vir e colocar um texto legal, uma ideia que tava na minha cabeça há dias e to louca pra escrever. Eu gosto de dar vida ao mundinho que eu imagino. Uma pessoa, um lugar, um objeto... qualquer coisa. Posso trazer isso a tona da forma que eu quiser. Por isso ficção é o tipo de texto que eu mais gosto de fazer. Mas tem dias que eu só quero falar de mim, da minha vida, das pessoas e das situações de verdade, que as vezes são engraçadas, inesperadas, mas na maior parte do tempo são apenas normais. Eu gosto de me ver livre pra fazer o que quiser disso aqui, mas também gostaria de saber que outras pessoas estariam do outro lado, sabe? Seria como não ser muda, ganhar uma voz. Saber que eu não estou gritando no escuro. Não imagino que seriam muitos, mas sei lá, poderia ser qualquer um! Talvez fosse bom, mesmo que fosse pra ouvir que o que eu escrevo é uma porcaria, ou pra descobrir que não é tão fácil assim passar a mensagem que eu quero passar, mas pelo menos eu saberia que tinha tentado. Eu sou tímida, ansiosa e, confesso, me preocupo sim com o que os outros pensam. Eu tenho medo de me mostrar, mas quem sabe seja isso que eu preciso fazer. Eu não sei que rumo eu vou dar pra isso aqui, mas eu sem dúvida adoro vir e escrever um pouquinho no final do dia, ou sei lá, em qualquer hora que eu tiver vontade. É como um refúgio, um lugar pra ser eu, ou pra ser quem eu quiser. Tenho medo de perder isso, mas também receio perder algo ainda melhor por não me permitir viver todas as possibilidades.

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